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Pires diz que caso GTech é anterior a Lula
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro da Controladoria
Geral da União, Waldir Pires,
disse ontem no Rio que os problemas na relação entre a CEF
(Caixa Econômica Federal) e a
GTech são anteriores ao governo Lula e se devem a "um contrato lamentável firmado no
governo anterior".
Segundo ele, brechas em um
contrato de 1997 permitiram à
GTech obter o monopólio dos
serviços lotéricos em todas as
regiões do país.
A empresa conseguiu liminares na Justiça que obrigaram a
CEF a prorrogar o contrato e
impediram a abertura de nova
concorrência. O quinto e último aditamento foi feito em
abril do ano passado. Na mesma época, o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência, Waldomiro Diniz, e o
empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, teriam se encontrado
com o ex-diretor de marketing
da GTech Marcelo Rovai.
O Ministério Público Federal
investiga se houve interferência
de Waldomiro no prorrogação
do contrato por 25 meses, com
a opção de ser rompido passados 18 meses.
Pires disse que a CEF "deve
ser cautelosa ao investir dinheiro público" para adotar tecnologia própria em seus jogos,
pois pode ser obrigada judicialmente a transferir os investimentos à GTech.
Segundo ele, a Controladoria
Geral fiscalizou a atuação dos
advogados da CEF, pois "eles
poderiam estar deixando a disputa rolar", mas concluiu que
"os advogados da Caixa esgotaram todos os recursos cabíveis
e só resta agora a Justiça ter o
bom senso de cassar as liminares, pois não é do interesse público manter um monopólio".
(FABIANA CIMIERI)
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