São Paulo, domingo, 04 de março de 2007

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Outro lado

Estatal diz que venda foi por custo-benefício

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO

Diretora-presidente da MGI Participações S/A, Isabel Souza, disse à Folha que optou por vender os créditos do banco Open que pertenciam à estatal mineira por uma questão de "custo-benefício", pois a pendência judicial causaria prejuízos à empresa e não haveria sequer previsão do valor nem da data para pagamento.
Souza também criticou os síndicos da massa falida e sugeriu que a reportagem investigasse o processo de falência do banco Open, "porque às vezes tem alguma coisa por trás que a gente não sabe".
Questionada sobre o que pretendia dizer, ela respondeu: "Estamos com um crédito que, há não sei quanto tempo, nada aconteceu. Tão logo a gente faz o leilão, passa a acontecer.
Eu até gostaria que você investigasse o processo de falência".
Souza, que na tarde de quinta-feira disse à Folha desconhecer o pagamento do crédito, nega prejuízos para a estatal. "Não é prejuízo que ela [MGI] teve.
Ela pode ter deixado de ganhar, e ela não tinha certeza se ganharia ou não, porque não havia noção de tempo nem de desfecho do processo [quando se fez o leilão]."
Os créditos do Open inicialmente eram do Bemge, privatizado em 1998. Foram repassado à MGI para facilitar o processo de venda do banco estatal.
Segundo Souza, os papéis já estariam inscritos como "prejuízo" na contabilidade do Bemge. Ela disse que a empresa calculou o valor mínimo de R$ 1,7 milhão com base nos prejuízos que os papéis causaram à estatal ao longo dos anos.
A Folha localizou o apartamento de Antonio Pinheiro Maciel, 45, no número 1009 da Park Avenue, um dos locais mais caros do mundo. Mas ele não estava em casa. (AM, EL)


Colaborou VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO , de Nova York


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