|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Outro lado
Estatal diz que venda foi por custo-benefício
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA SUCURSAL DO RIO
Diretora-presidente da
MGI Participações S/A,
Isabel Souza, disse à Folha que optou por vender
os créditos do banco Open
que pertenciam à estatal
mineira por uma questão
de "custo-benefício", pois
a pendência judicial causaria prejuízos à empresa
e não haveria sequer previsão do valor nem da data
para pagamento.
Souza também criticou
os síndicos da massa falida
e sugeriu que a reportagem investigasse o processo de falência do banco
Open, "porque às vezes
tem alguma coisa por trás
que a gente não sabe".
Questionada sobre o
que pretendia dizer, ela
respondeu: "Estamos com
um crédito que, há não sei
quanto tempo, nada aconteceu. Tão logo a gente faz
o leilão, passa a acontecer.
Eu até gostaria que você
investigasse o processo de
falência".
Souza, que na tarde de
quinta-feira disse à Folha
desconhecer o pagamento
do crédito, nega prejuízos
para a estatal. "Não é prejuízo que ela [MGI] teve.
Ela pode ter deixado de
ganhar, e ela não tinha
certeza se ganharia ou
não, porque não havia noção de tempo nem de desfecho do processo [quando se fez o leilão]."
Os créditos do Open inicialmente eram do Bemge,
privatizado em 1998. Foram repassado à MGI para
facilitar o processo de
venda do banco estatal.
Segundo Souza, os papéis
já estariam inscritos como
"prejuízo" na contabilidade do Bemge. Ela disse que
a empresa calculou o valor
mínimo de R$ 1,7 milhão
com base nos prejuízos
que os papéis causaram à
estatal ao longo dos anos.
A Folha localizou o
apartamento de Antonio
Pinheiro Maciel, 45, no
número 1009 da Park Avenue, um dos locais mais
caros do mundo. Mas ele
não estava em casa.
(AM, EL)
Colaborou VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO ,
de Nova York
Texto Anterior: Governo de MG perde R$ 10,7 mi em negócio Próximo Texto: Frias e a busca modesta da verdade Índice
|