da Agência Folha

Trabalhadores rurais ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram ontem as sedes do Incra em Recife (PE) e João Pessoa (PB).
Além delas, as sedes do órgão em Goiânia (GO), Cuiabá (MT) e Porto Alegre (RS), invadidas no início da semana, continuavam ocupadas até o final da tarde de ontem e com as atividades paralisadas.
Em Recife, cerca de 500 trabalhadores rurais tomaram como reféns 30 dos 300 funcionários do órgão. Eles reivindicam a agilização dos processos de vistoria, a imissão de posse das áreas invadidas no Estado e a liberação de recursos do Procera (Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária).
Segundo um dos líderes do MST na ação, Valdeci João da Silva, os sem-terra só vão deixar o local e liberar os funcionários após terem suas reivindicações atendidas.
O superintendente do Incra em Pernambuco, Roosevelt Gonçalves, disse que só negociará quando os sem-terra desocuparem o prédio e libertarem os reféns.
Gonçalves, que não estava no local no momento da invasão, acionou a Polícia Militar e entrou na Justiça Federal com um pedido de reintegração de posse.
Até as 19h30, a PM limitou-se apenas a acompanhar o movimento no prédio.

João Pessoa
O MST também invadiu ontem a Cerca de 700 trabalhadores rurais chegaram ao Incra de João Pessoa por volta das 9h30. Não houve confronto com a polícia.
Eles pedem a liberação de verbas de custeio agrícola e melhoria da assistência técnica do Incra nas áreas de assentamentos e acampamentos.
A direção do Incra de João Pessoa enviou um pedido de liminar de reintegração de posse à Justiça.
Até o final da tarde de ontem a liminar pedida pelo órgão não havia sido concedida.


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