DA REPORTAGEM LOCAL

DO PAINEL

Diante da indefinição sobre a a possibilidade de José Serra disputar a eleição paulistana, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), deflagrou uma operação para postergar mais uma vez a escolha do candidato tucano que disputará a sucessão de Marta Suplicy (PT). A idéia é bater o martelo no mês que vem.
A estratégia do governador busca evitar que o partido recorra às prévias, caso Serra não aceite concorrer. Os deputados federais Walter Feldman e Zulaiê Cobra, o secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança) e o ex-presidente do PSDB José Aníbal querem ser o candidato em outubro.
O secretário contaria com a predileção do governador. Mas, segundo a Folha apurou, Feldman, Zulaiê e Aníbal disseram a Alckmin que não aceitarão a candidatura de Abreu Filho, filiado ao PSDB há menos de um ano.
Um emissário de Alckmin contatou os pré-candidatos na semana passada com a proposta de postergar a escolha. Somente Zulaiê impôs alguma resistência.
A manobra do governador também dá a Serra mais tempo para refletir sobre a candidatura. A aposta é que o ex-senador comunique a Alckmin se disputará ou não a eleição no meio deste mês.
Caso ele mantenha a decisão de não concorrer, os tucanos teriam entre três e quatro semanas para fazer um acordo que evite prévias.
Em um jantar com delegados zonais tucanos na última semana, os pré-candidatos atuaram como se estivessem em campanha.
Uma das teses propagadas pelos pré-candidatos é a realização de uma pré-convenção no mês que vem, antes de junho, prazo estipulado pela legislação para a formalização das candidaturas.
Diante da indefinição, o PFL, o aliado dos tucanos, caminha para a candidatura própria. O deputado federal Doutor Pinotti e o senador Romeu Tuma pleiteiam o direito de concorrer. (JULIA DUAILIBI E JOSÉ ALBERTO BOMBIG)

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