São Paulo, domingo, 04 de abril de 2004 |
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TODA MÍDIA Sem espetáculo
NELSON DE SÁ Voltando à balança comercial espetacular, a "Economist" trouxe mais má notícia: - Alguns analistas estão preocupados que uma redução no crescimento da China possa levar à queda nos preços da soja. E tome má notícia. O "Wall Street Journal" registrou que a maior atividade nas bolsas do mundo "ainda está nos países em desenvolvimento": - Mas o índice Bovespa -que subiu 141% depois que Lula se provou mais amigo dos negócios do que projetavam- caiu 0,4% no primeiro trimestre. As ações foram afetadas por um escândalo político. LULA x FHC Mas a revista traz uma curta entrevista com o presidente da República, que volta a reclamar do antecessor: - A conta (a pagar) passa dos R$ 40 bilhões. Ninguém fala sobre isso com a ênfase necessária. Lula também garantiu que nada muda na condução da economia, por maiores que sejam as pressões. Lançou até uma nova metáfora: - A semeadura foi feita, e a colheita virá. Jogar mais água que o necessário pode matar a planta. Também em "Veja", que reproduz o prefácio de suas memórias, FHC igualmente reclama da "quase-ruína" que herdou de Itamar Franco, mas sobretudo ironiza o sucessor, Lula: - O cantochão contra mim quase sempre foi o de que éramos "neoliberais". O tempora! O mores! FHC diz que, mais do que a estabilidade da economia, "a construção da democracia é a verdadeira marca" que ele e seu governo deixaram no país. Hollywood vota 1 A reação liberal prossegue. O "New York Times" noticiou que programas de TV feitos em Hollywood vêm atacando mais George W. Bush. Por exemplo, ouvido em "Law & Order": - Esse cara mente para nós. Hollywood vota 2 O "Guardian" trouxe a lista dos participantes de um evento do democrata John Kerry para levantar fundos em Hollywood: Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Dustin Hoffman, Sharon Stone, Jenifer Aniston etc. Obras, obras A campanha eleitoral por aqui, em meio à "guerra das fitas", acabou exilada nas rádios. Dia após dia, em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin e a prefeita Marta Suplicy falam de obras (metrô) e mais obras (túneis, CEUs) na Jovem Pan. Sem candidato Mas Alckmin não sabe mais quem defender. No "Valor", propôs e elogiou José Serra, só que este reafirmou ontem que não é, em "O Estado de S.Paulo". Tasso na mira A semana serviu para o tucano Tasso Jereissati "descobrir uma novidade", segundo "Veja". Também ele foi investigado quando presidenciável. Foram atrás de suposto "envolvimento com lavagem de dinheiro". Ciro na mira E "não parou por aí", afirmou a revista. Em 2002: - (O procurador) Santoro fez visita a Fortaleza para saber se a investigação sobre Tasso havia encontrado algo contra Ciro. Suspeitas Reação de Tasso: - Eu espero que as minhas suspeitas sobre a origem disso não estejam corretas. Na quinta, Serra ligou e disse desconhecer "essa história". Desmentido O tucano passou a semana ao telefone. Merval Pereira, em "O Globo", escreve que Serra ligou para desmentir que o jornalista Mino Pedrosa tenha trabalhado em sua campanha. E Pereira: - Não tenho por que duvidar do desmentido de Serra. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: No Planalto: Ideologia do Incra dá de ombros para a morte Índice |
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