São Paulo, sábado, 04 de abril de 2009

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Corregedoria da PF em Minas investiga Protógenes por participação em ato político

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Corregedoria da Polícia Federal de Minas Gerais instaurou processo disciplinar administrativo contra o delegado Protógenes Queiroz, por suposto uso do cargo para obter proveito político partidário.
Em setembro, o delegado, que comandou a Operação Satiagraha, participou de um comício de apoio ao candidato do PT à Prefeitura de Poços de Caldas, Paulo Tadeu Silva D'Arcádia. O processo foi aberto por determinação do superintendente da PF em Minas, Marcos David Salem. A corregedoria irá investigar se Protógenes usou o nome da instituição indevidamente no evento.
As penas para esse tipo de infração variam de repreensão a demissão e cassação de aposentadoria. O delegado, que disse ter recebido a notícia com "indignação", já avisou que vai recorrer à Justiça caso seja condenado. "Há uma minoria bem insignificante dentro da Polícia Federal que assim deseja [a demissão], mas é o desejo da maioria que vai prevalecer."
Ontem, durante visita a vários parlamentares no Congresso, Protógenes também fez críticas ao outro inquérito a que responde, desta vez pelo suposto vazamento de informações na Satiagraha.
"Não foi um inquérito policial levado a sério. Teve o único objetivo de ser uma perseguição pessoal." Sobre seu indiciamento, ele diz que "não tem nenhum dado de autoria ou materialidade" que prove sua culpa.
O delegado comemorou a extensão do bloqueio nos EUA de US$ 400 milhões de Daniel Dantas, dono do Opportunity e investigado na Satiagraha. "Isso reafirma o nosso trabalho."


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