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Painel
Aviso prévio
Para minimizar as críticas com
o resultado da reforma ministerial, cuja lógica foi acomodar os
interesses da reeleição de FHC, o
Planalto espalhava ontem que os
nomes mais criticados não terão
assento no eventual 2º mandato.
Fritura bem escolhida
Quando pediu mais um ministério, o PPB não falou especificamente na Agricultura. Foi o
Planalto que decidiu dar a pasta
ao partido. Clóvis Carvalho costuma dizer que Arlindo Porto
(PTB) é um ministro medíocre.
Mapa da mina
Na surdina, assessores de FHC
estão discutindo com alguns governadores aliados do Planalto a
antecipação do dinheiro que eles
teriam a receber por conta da Lei
Kandir. Só Mato Grosso alega
que perderá R$ 80 mi neste ano.
Pegou mal
Advogados paulistas acusam o
presidente da Câmara, Michel
Temer, de omissão na ida de Renan Calheiros para a pasta da
Justiça. Como tem formação jurídica e é cacique do PMDB,
acham que deveria ter vetado.
Pito de ocasião
Quando José Gregori queria
uma Secretaria de Direitos Humanos subordinada ao Planalto,
ouviu um sermão de Clóvis Carvalho a respeito da irracionalidade administrativa da idéia. O
que pensa o ministro da pasta da
Reforma Institucional?
Cenário alternativo
FHC disse a auxiliares que gostaria de nomear uma mulher
sem vinculação partidária para o
Ministério do Trabalho.
Maldade da oposição
A troca ministerial foi batizada
no Congresso de "Reforma 1º de
Abril": as nomeações só poderiam ser uma grande mentira.
Sinal baiano
Na crise da reforma ministerial, foi o vice-líder do governo
Ronaldo Cézar Coelho, e não o
líder, Luís Eduardo, quem encaminhou quase todas as votações
da reforma da Previdência.
Casca de banana
Com uma mãozinha de Sarney
Filho (PFL-MA), a oposição
aprovou requerimento na Comissão de Fiscalização da Câmara pedindo ao TCU que faça auditoria nas liberações de verbas
da União durante a campanha.
Mui amigo
Definido Calheiros para a Justiça, o ex-ministro Iris Rezende
já pedia, como compensação, a
Secretaria de Políticas Regionais
para o irmão Otoniel.
Medo de pizza
Representantes de ONGs internacionais da área de direitos
humanos chegam ao Brasil para
o júri, marcado para o dia 15, de
dez dos acusados pela chacina
de Vigário Geral no Rio, em 93.
Há pouca esperança de punição.
Ginástica jurídica
O PL vai recorrer ao STF para
permitir que Itamar se filie ao
partido e dispute a Presidência.
Alega que, como o PMDB negou
a candidatura ao ex-presidente,
ele pode se filiar a outra sigla.
Lógica eleitoral
O PPB não gostou de Maluf ter
defendido o aumento da mistura de álcool à gasolina. Pode
atrapalhar. Como já está tudo
acertado com FHC, e a medida
beneficia os usineiros paulistas,
Covas pode vetá-la para não parecer que Maluf é o pai da idéia.
Moral baixo
A Nasa quer completar, no
Brasil, a análise do um trilhão de
fotos da Amazônia de que dispõe, em convênio com uma fundação. Mesmo não gostando, os
militares, em baixa após o fiasco
de Roraima, darão sinal verde.
Falta de critério
Covas ficou contrariado com
FHC quando soube que SP receberá os mesmos R$ 32 mi que o
DF para programas de requalificação profissional de desempregados. Walter Barelli, que deixou a secretaria paulista do Emprego, pediu mais verba federal.
Mostrar serviço
Fez sucesso um telegrama de
Augusto Marzagão, ex-assessor
de Jânio, Sarney e Itamar, cumprimentando Serra pela ida para
a Saúde: "Ataque rapidamente o
dengue. Caso contrário, o país
ficará mais dengoso que você".
TIROTEIO
De José Maranhão (PMDB),
governador da Paraíba, sobre o
senador Ronaldo Cunha Lima,
que controla a seção regional do
partido, romper um acordo feito
no ano passado e se lançar candidato à sua sucessão:
- A Paraíba foi traída. Se a luta fosse nas urnas, o Ronaldo
não teria coragem de romper
comigo. E o PMDB não pode
aceitar tiro pelas costas.
CONTRAPONTO
Autoridade subordinada
Os bancos brasileiros fizeram
o seu 15º e último congresso nacional em 1984, em Salvador.
No dia da abertura, estavam
reunidos os donos das maiores
instituições financeiras do Brasil, além de várias autoridades
federais, como o então ministro
da Fazenda, Ernane Galvêas.
A banda da Polícia Militar estava pronta para o começo da
cerimônia, só esperando a chegada do então governador, João
Durval.
Estranhando o atraso, o superintendente de relações externas
da Febraban, Ney Figueiredo,
perguntou a Angelo Calmon de
Sá, presidente da comissão organizadora do evento:
- O que está acontecendo?
Calmon, dono à época do Econômico, disse que ia verificar e
ligou para o gabinete de Durval.
Depois, voltou-se para Figueiredo e disse:
- O governador não vem. Você esqueceu de convidar o Antonio Carlos Magalhães. E, se ele
não vier, não vem ninguém.
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