São Paulo, terça-feira, 04 de maio de 2004

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PAINEL

Barata tonta
Caiu como bomba no PT paulistano a entrevista em que Sílvio Pereira, secretário-geral da sigla, lança dúvida sobre as chances de Marta Suplicy. Para justificar o destampatório, surgiu até a idéia de que ele não estaria sóbrio quando falou ao "Valor".

Cidadela paulistana
Para bom entendedor, as declarações de "Silvinho" explicitam o pé de guerra entre Brasília e São Paulo no que diz respeito à campanha municipal. Até aqui, os "federais" nada apitaram. A recusa de Marta em aceitar vice do PMDB é o exemplo mais contundente do chega-pra-lá.

Bicho-papão
A maioria do PT paulistano recusou-se a comentar em "on" a entrevista do secretário-geral -que admitiu receio de eventual candidatura Serra. Mas em "off" falou-se de tudo contra o "homem do Zé Dirceu".

Gramática petista
Até a peculiar articulação verbal de Sílvio Pereira foi lembrada para aplacar a fúria do grupo de Marta. "Um homem que fala "faca de dois legumes" não pode ser levado a sério", sentenciou um parlamentar petista.

Intoxicação alimentar
O programa da conferência eleitoral que o PT realizará na capital paulista de 13 a 15 de maio tem na abertura um "coquetel de boas-vindas" com "saudações de Sílvio Pereira".

Pressão alta
José Serra não é assunto apenas no PT. Entre tucanos, volta a circular a conversa de que o ex-ministro, tendo conseguido ser o candidato em 2002, deveria agora aceitar a missão de enfrentar Marta Suplicy. Não que alguém tenha coragem de apresentar a fatura diretamente a ele.

Tela quente
ACM Neto fez ontem um inflamado discurso sobre reforma tributária. Só para a TV Câmara. O plenário estava vazio.

Passagem livre 1
José Sarney captou a mensagem. Não vai quebrar pedra pela indicação do secretário-geral do Senado, Raimundo Carreiro, para o TCU. O nome deve ser o de Iris Rezende, mulher do ex-senador homônimo. Era um dos obstáculos no caminho da reeleição do presidente do Senado.

Passagem livre 2
Dentro do PT, acordo firmado ontem para votar a PEC paralela da Previdência ajuda a reeleição de Sarney. O texto a ser aprovado na Câmara terá poucas modificações em relação ao do Senado, sob as bênçãos dos petistas Paulo Paim e Tião Viana.

Ganhando tempo
O PMDB foi dormir dividido sobre a emenda da reeleição. A cúpula queria se ausentar da sessão, mesmo admitindo que o texto seria aprovado, para resguardar a decisão contrária da Executiva. Mas dois ou três deputados podem ser liberados.

Faro aguçado
Farejando que a disputa José Sarney-Renan Calheiros pode acabar como a de ACM-Jader Barbalho, Ramez Tebet já se coloca como terceira via. À época, ele aceitou trocar um ministério pela presidência do Senado.

Visitas à Folha
Luiz Elias Tâmbara, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Mohamed Amaro, primeiro vice-presidente, de César Lacerda, juiz assessor da presidência, de José Raul G. de Almeida, juiz assessor da presidência, de José Mario Cardinale, corregedor, do acadêmico Paulo Bonfim, relações-públicas e do cerimonial do Tribunal de Justiça. Estiveram presentes também os advogados Ives Gandra Martins, Walter Ceneviva e Ary Oswaldo Mattos Filho.
 
José Serra, presidente do PSDB, visitou ontem a Folha.

TIROTEIO

Do líder de Marta Suplicy na Câmara, João Antonio, sobre a entrevista em que Sílvio Pereira, secretário-geral petista, reconheceu temor do partido quanto à possibilidade de José Serra disputar a sucessão da prefeita:
-Não estamos escolhendo candidato e não tememos nenhum nome do PSDB.

CONTRAPONTO

Acidente suspeito

Enquanto administrou Pindamonhangaba, entre 1977 e 1983, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não abandonou a profissão de médico-anestesista, o que muitas vezes o obrigou a deixar os plantões da madrugada no hospital e ir direto iniciar o expediente na prefeitura.
Exausto ao final de uma dessas jornadas, teve um pesadelo no meio da noite. Ao acordar em sobressalto, levantou-se e bateu o rosto na quina da cômoda.
Recém-casado, Alckmin foi com a mulher, Maria Lúcia, ao hospital da cidade. Havia um pequeno sangramento em seu rosto. Logo na chegada, relatou aos plantonistas o insólito episódio que causara o ferimento.
-Não fique preocupado, prefeito, a gente entende bem como se dão essas coisas.
Até hoje o tucano carrega a suspeita de que as enfermeiras acharam que ele havia apanhado em casa da mulher.


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