São Paulo, sexta-feira, 04 de maio de 2007

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Outro lado

Prefeito diz ter afastado secretários

DA AGÊNCIA FOLHA

O prefeito de Florianópolis, Dário Berger (PSDB), anunciou ontem o afastamento temporário dos dois secretários e três servidores da prefeitura detidos na Operação Moeda Verde da PF.
Berger afirmou que determinará a abertura de inquérito administrativo para apurar o caso e que isso será feito concomitantemente à investigação da PF. Segundo ele, os empreendimentos sob suspeita foram licenciados antes de seu mandato. "Estamos isentos."
Procurada para comentar a declaração de Berger, a ex-prefeita da cidade Angela Amin (PP) disse que "está na hora de o prefeito assumir que é o prefeito".
O procurador-geral do município, Jaime de Souza, afirmou que todos os empreendimentos sob suspeita já tinham firmado termo de ajustamento de conduta. "A prefeitura esteve presente na elaboração e fiscalização desses empreendimentos e eles cumpriram rigorosamente o que foi estabelecido", disse Souza, que defendeu os servidores. "São pessoas da mais alta confiança e queremos tê-las de volta ao trabalho."
Para o diretor-presidente da Fatma (órgão estadual de ambiente), Carlos Kreuz, a entidade não tem nada a temer. Um servidor do órgão foi preso. "Sendo encontradas irregularidades, seremos os primeiros a punir os culpados."
No fim da tarde de ontem, na sede da PF em Florianópolis, advogados dos acusados diziam que, até aquele momento, ainda não tinham recebido os termos da acusação. Afirmavam que apenas com documento em mãos poderiam se pronunciar.
A Folha tentou falar com servidores, políticos e representantes das empresas citadas pela PF. A maioria preferiu não se pronunciar, afirmou não ter informações sobre as acusações ou não ligou de volta. Ninguém atendeu no gabinete e no celular do vereador Juarez Silveira.
A diretora institucional do Grupo Habitasul, Andrea Druck de Oliveira Souto, filha de Péricles Druck, detido ontem, negou que a empresa tenha concedido benefícios a servidores públicos para obter licenças ambientais.
"A construção de Jurerê Internacional foi aprovada em 1980 por órgãos competentes e, de lá para cá, houve revalidação e fiscalização", disse.
Em nota, a direção do Shopping Iguatemi informou desempenhar "suas funções em estrita observância das leis brasileiras" e que o estabelecimento continuará operando.


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