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Outro lado
Prefeito diz ter afastado secretários
DA AGÊNCIA FOLHA
O prefeito de Florianópolis, Dário Berger
(PSDB), anunciou ontem
o afastamento temporário
dos dois secretários e três
servidores da prefeitura
detidos na Operação Moeda Verde da PF.
Berger afirmou que determinará a abertura de
inquérito administrativo
para apurar o caso e que isso será feito concomitantemente à investigação da
PF. Segundo ele, os empreendimentos sob suspeita foram licenciados
antes de seu mandato.
"Estamos isentos."
Procurada para comentar a declaração de Berger,
a ex-prefeita da cidade Angela Amin (PP) disse que
"está na hora de o prefeito
assumir que é o prefeito".
O procurador-geral do
município, Jaime de Souza, afirmou que todos os
empreendimentos sob
suspeita já tinham firmado termo de ajustamento
de conduta. "A prefeitura
esteve presente na elaboração e fiscalização desses
empreendimentos e eles
cumpriram rigorosamente o que foi estabelecido",
disse Souza, que defendeu
os servidores. "São pessoas da mais alta confiança e queremos tê-las de
volta ao trabalho."
Para o diretor-presidente da Fatma (órgão estadual de ambiente), Carlos
Kreuz, a entidade não tem
nada a temer. Um servidor
do órgão foi preso. "Sendo
encontradas irregularidades, seremos os primeiros
a punir os culpados."
No fim da tarde de ontem, na sede da PF em Florianópolis, advogados dos
acusados diziam que, até
aquele momento, ainda
não tinham recebido os
termos da acusação. Afirmavam que apenas com
documento em mãos poderiam se pronunciar.
A Folha tentou falar
com servidores, políticos e
representantes das empresas citadas pela PF. A
maioria preferiu não se
pronunciar, afirmou não
ter informações sobre as
acusações ou não ligou de
volta. Ninguém atendeu
no gabinete e no celular do
vereador Juarez Silveira.
A diretora institucional
do Grupo Habitasul, Andrea Druck de Oliveira
Souto, filha de Péricles
Druck, detido ontem, negou que a empresa tenha
concedido benefícios a
servidores públicos para
obter licenças ambientais.
"A construção de Jurerê
Internacional foi aprovada em 1980 por órgãos
competentes e, de lá para
cá, houve revalidação e fiscalização", disse.
Em nota, a direção do
Shopping Iguatemi informou desempenhar "suas
funções em estrita observância das leis brasileiras"
e que o estabelecimento
continuará operando.
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