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Saída da Abin da votação eletrônica
é descartada por presidente do TSE
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Nelson Jobim, rejeitou a possibilidade de
retirar a Abin (Agência Brasileira
de Inteligência) da preparação do
sistema de votação eletrônica.
O Cepesc (Centro de Pesquisas
em Segurança das Comunicações), ligado à Abin, controla o
programa que protege dados do
boletim de urna (resultado da votação) inseridos nos disquetes retirados da urna e levados ao local
de totalização dos votos.
Desde a estréia da urna eletrônica, em 1996, a proteção é feita por
meio de criptografia (embaralhamento de dados na urna e desembaralhamento nos computadores
de totalização), e o Cepesc é o único órgão capacitado para o controle no Brasil. Como ele é ligado à
Presidência, há suspeitas de que a
sua atuação facilite a fraude.
Peritos da Unicamp recomendaram ao TSE substituir esse sistema por outro, de assinatura digital, por o considerarem mais
confiável. A mudança dispensaria
a participação indireta da Abin.
Jobim disse que não há tempo
para troca do sistema nestas eleições e que, por isso, a Abin permanecerá. "Ou fazemos com a
Abin ou utilizaremos os sistemas
de Israel e dos EUA. Para isso, teríamos de registrar todo o nosso
sistema em um desses países e isso nós não faremos. Temos um
sistema confiável", afirmou.
Outra sugestão da Unicamp que
não será acolhida é a contratação
de uma instituição independente
para acompanhar a preparação
da votação eletrônica.
Jobim atacou o presidente do
PDT, Leonel Brizola, principal
crítico da segurança da urna eletrônica, dizendo que a volta do
sistema de votação por cédula seria um atraso. "Ele está com a cabeça voltada para 1960. Voltar ao
voto vivo é o maior atraso que nós
teríamos no sistema de votação."
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