São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2008

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Com margem apertada, governistas esperam votar hoje a nova CPMF

Base diz ter o apoio de 282 deputados; votação pode ser adiada mais uma vez

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Apesar do número apertado de apoios, a base aliada ao governo promete votar hoje, na Câmara, o projeto que regulamenta a emenda 29 e que cria a nova versão da CPMF, a CSS (Contribuição Social da Saúde). Depois de um dia inteiro de reuniões, os governistas disseram ter conseguido 282 votos, 25 a mais que os 257 necessários para aprovar a proposta.
A expectativa dos líderes era conseguir reunir até o início da discussão da nova contribuição, marcada para a manhã de hoje, o apoio de ao menos 290 congressistas. Caso contrário, a base não descarta novo adiamento, já que há um grande risco de o projeto ser derrotado.
O texto final que regulamenta o repasse de verbas para a saúde e cria o novo imposto, com alíquota de 0,1% sobre as movimentações financeiras, foi finalizado no fim da tarde de ontem e será usado para tentar convencer mais deputados a votarem a favor da proposta.
O vice-presidente da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), até agora contrário a criação do novo imposto, disse ter sido convencido pelo governo.
"Conversei o máximo que pude com o governo e eles estão irredutíveis, só aprovam [o projeto que regulamenta a emenda 29] com o novo imposto. Por isso, diante da necessidade de mais dinheiro para a saúde eu me curvo. O meu pensamento evoluiu, não tem jeito", disse.
A votação da criação da CSS estava na pauta de ontem, mas a base decidiu transferir a discussão para hoje. O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), minimizou a dificuldade de reunir o número de votos para a aprovação da proposta e disse que o motivo de mais um adiamento é o fato de a oposição obstruir a votação de uma medida provisória que tranca a pauta. O próprio relator do projeto, deputado Pepe Vargas (PT-RS), admite a incerteza sobre o número de votos.


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