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Com margem apertada, governistas esperam votar hoje a nova CPMF
Base diz ter o apoio de 282 deputados; votação pode ser adiada mais uma vez
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar do número apertado
de apoios, a base aliada ao governo promete votar hoje, na
Câmara, o projeto que regulamenta a emenda 29 e que cria a
nova versão da CPMF, a CSS
(Contribuição Social da Saúde).
Depois de um dia inteiro de
reuniões, os governistas disseram ter conseguido 282 votos,
25 a mais que os 257 necessários para aprovar a proposta.
A expectativa dos líderes era
conseguir reunir até o início da
discussão da nova contribuição, marcada para a manhã de
hoje, o apoio de ao menos 290
congressistas. Caso contrário, a
base não descarta novo adiamento, já que há um grande risco de o projeto ser derrotado.
O texto final que regulamenta o repasse de verbas para a
saúde e cria o novo imposto,
com alíquota de 0,1% sobre as
movimentações financeiras, foi
finalizado no fim da tarde de
ontem e será usado para tentar
convencer mais deputados a
votarem a favor da proposta.
O vice-presidente da Frente
Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), até agora contrário a criação do novo imposto, disse ter
sido convencido pelo governo.
"Conversei o máximo que
pude com o governo e eles estão
irredutíveis, só aprovam [o projeto que regulamenta a emenda
29] com o novo imposto. Por isso, diante da necessidade de
mais dinheiro para a saúde eu
me curvo. O meu pensamento
evoluiu, não tem jeito", disse.
A votação da criação da CSS
estava na pauta de ontem, mas
a base decidiu transferir a discussão para hoje. O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), minimizou a dificuldade
de reunir o número de votos
para a aprovação da proposta e
disse que o motivo de mais um
adiamento é o fato de a oposição obstruir a votação de uma
medida provisória que tranca a
pauta. O próprio relator do projeto, deputado Pepe Vargas
(PT-RS), admite a incerteza sobre o número de votos.
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