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Acordo entre base aliada e oposição adia início de CPI
Instalação de comissão que vai investigar Petrobras fica para próxima quarta
PMDB ainda não definiu quem indicará para relatoria; Romero Jucá segue como o favorito do Planalto, mas não tem o aval de Renan
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Governistas e oposicionistas
fecharam ontem acordo para
dar início à CPI da Petrobras só
na quarta-feira que vem. Até lá,
o PMDB tentará definir o nome
escolhido para ocupar uma das
vagas de comando na comissão
(presidência ou relatoria).
Líder do governo no Senado,
Romero Jucá (PMDB-RR) continua sendo o nome favorito do
Palácio do Planalto para a relatoria. Falta, no entanto, o aval
do senador Renan Calheiros
(AL), líder do PMDB.
Ontem, Renan e Jucá voltaram a conversar de forma amena depois de uma discussão
tensa na última quinta-feira. A
reaproximação foi estimulada
pelo Palácio do Planalto.
O chefe de gabinete pessoal
da Presidência, Gilberto Carvalho, fez chegar a Renan o desejo
de ver Jucá relator. A secretária-executiva da Casa Civil,
Erenice Guerra, também atuou
na mesma linha.
Carvalho e Erenice defenderam que a CPI precisa de um
senador experiente na relatoria. Durante a semana, Renan
tentou emplacar Paulo Duque
(PMDB-RJ), que chegou ao Senado como segundo suplente
do governador do Rio, Sérgio
Cabral. A queda de braço entre
Renan e Jucá tem como pano
de fundo a disputa para ser o
principal interlocutor com o
Planalto durante a CPI.
Diante das pressões palacianas, Renan passou a buscar
uma nova estratégia. Em vez de
indicar o relator, pode pleitear
a presidência da comissão.
Com isso, não se verá obrigado
a aceitar Jucá na relatoria.
"A certeza de instalação precipitará o acordo. Não há vetos
ou preferências", disse o líder
do PMDB, que mudou os integrantes do partido na comissão.
Leomar Quintanilha (TO) foi
para a suplência e Valdir Raupp
(RO) assumiu como titular.
Ontem, partiu de Jucá a iniciativa de costurar um acordo
para adiar a reunião de instalação da CPI. O líder do PSDB,
Arthur Virgílio (AM), disse em
plenário que aceita o acordo.
PEC
Como tentativa de contrapor
o discurso do PT, de que o
PSDB seria a favor da privatização da Petrobras, os tucanos
protocolaram ontem uma proposta que torna o controle exclusivo da União sobre a estatal
em cláusula pétrea.
A PEC (proposta de emenda
constitucional), do líder da minoria no Congresso, deputado
Otávio Leite (PSDB-RJ), tem o
apoio da cúpula do PSDB e conta com 224 assinaturas.
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