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Governo tem
superávit
em março
da Sucursal de Brasília
As contas da União registraram
superávit primário de R$ 2,254 bilhões em março, conforme divulgou ontem o Ministério da Fazenda. Esse desempenho, que não inclui as despesas com juros e das
estatais federais, aproximou mais
o governo de suas antigas metas
fiscais.
De janeiro a março, o resultado
ficou positivo em R$ 2,566 bilhões, o que equivale a 1,19% do
PIB (Produto Interno Bruto). Até
o ano passado, o governo federal
tinha como meta obter um superávit de 0,8% do PIB.
Pela metodologia de cálculo do
Banco Central, que mede a evolução da dívida em vez de comparar
receitas e despesas, o resultado de
março foi ainda melhor: superávit
de R$ 3,317 bilhões.
Se forem incluídos os pagamentos de juros da dívida federal, porém, o resultado do trimestre é inferior ao do mesmo período de 97.
No trimestre, o déficit nominal
chega a R$ 3,595 bilhões, ou 2,56%
do PIB. Em igual período do ano
passado, as contas foram negativas em R$ 2,821 bilhões, ou 2,15%
do PIB.
Explica-se: as despesas com juros cresceram a partir do final do
ano passado, depois que, em outubro, o BC dobrou as taxas básicas da economia para enfrentar os
efeitos da crise asiática.
Juros mais altos são usados para
atrair investidores externos, porém inibem os investimentos privados e elevam o déficit público.
Receita atípica
Desconsiderando os gastos com
juros, o resultado do trimestre
apresenta melhora em relação a
97. Em igual período do ano passado, o superávit foi de R$ 1,177
bilhão, ou 0,59% do PIB.
As contas de março foram as que
mais pesaram no resultado favorável do trimestre. Em janeiro, o
governo federal havia registrado
superávit de R$ 415 milhões. Em
fevereiro, houve déficit de R$ 105
milhões.
Entretanto a receita de março foi
engrossada por R$ 2,5 bilhões obtidos com as concessões de telefonia celular e mais R$ 300 milhões
de contas correntes abandonadas
que acabaram nos cofres do Tesouro -acréscimos que não se repetirão nos próximos meses.
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