|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SECA
Primeira-dama recebe apoio a programa de alfabetização
Saque é culturalmente
aceito no NE, diz Ruth
da Reportagem Local
A primeira-dama Ruth Cardoso
disse ontem que os saques são
uma "solução culturalmente
aceita" no Nordeste.
"Eu acho que realmente os saques têm um lado político e têm
um lado que é realmente fome. O
Nordeste sempre teve saques, mas
evidentemente que há o lado político neste momento. Mas é uma
solução culturalmente aceita todas as vezes que temos seca no
Nordeste", afirmou.
Ruth, presidente do Comunidade Solidária, fez a declaração após
encontro com empresários em
São Paulo. Ela recebeu apoio para
o programa de alfabetização solidária nas áreas afetadas pela seca e
desvinculou as ações de qualquer
caráter eleitoral.
"Estou tentando reunir esforços
de toda a sociedade. Se formos filiar tudo a uma iniciativa eleitoral,
qual seria a opção?"
A primeira-dama reuniu-se com
32 empresários de grupos nacionais e multinacionais na BM&F
(Bolsa de Mercadorias e Futuros)
para pedir contribuições ao programa que visa dar bolsas de estudos (R$ 65 por mês) para a alfabetização de pessoas de 12 a 25 anos
de famílias atingidas pela seca.
O Bradesco anunciou uma doação de R$ 3 milhões, a Bovespa
(Bolsa de Valores de São Paulo) e a
BM&F resolveram colaborar com
mil famílias cada uma. A Volkswagen e o Banco Itaú decidiram
apoiar a iniciativa, ficando de definir valores nos próximos dias.
Frentes de trabalho
O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que pretende iniciar as obras preliminares
da transposição das águas do rio
São Francisco utilizando a
mão-de-obra que será formada
com as frentes de trabalho.
"Quem sabe seja possível começar agora, na estiagem que existe
no Nordeste, pelo menos certas
obras preliminares, numa antecipação do que possa vir a ser o futuro", afirmou o presidente.
FHC fez esse anúncio durante
cerimônia comemorativa da Semana do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto. Atrás de FHC estava o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA),
um opositor da obra e que permaneceu sério durante o anúncio.
FHC disse que o atraso na obra,
uma de suas promessas de campanha, deveu-se à investigação do
Tribunal de Contas da União nas
licitações de estudos de impacto.
"Tivemos processos de licitações
parados por meses a fio." Segundo
FHC, o governo irrigou mais de
160 mil hectares no Nordeste.
Colaborou a Sucursal de Brasília
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|