São Paulo, segunda-feira, 04 de julho de 2005

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Prefeito recebeu apoio de tesoureiro

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em entrevista à Folha, João Alfredo de Mello Neto (PT), prefeito de Buriti Alegre, fala sobre o apoio que recebeu do seu conterrâneo petista Delúbio Soares.
 

Folha - Se não fosse o Delúbio, o sr. seria candidato a prefeito?
João Alfredo de Mello Neto -
Eu não tenho bola de cristal.

Folha - É que em todos esses longos anos o sr. nunca se candidatou.
João Alfredo -
Mas eu tenho um irmão que já foi vereador.

Folha - Mas pelo PPS. A sua mãe também já se candidatou à prefeitura, mas pelo PMDB.
João Alfredo -
A gente tem uma tradição política.

Folha - Mas não é ligada ao PT. Por essa lógica, o sr. nem seria candidato.
João Alfredo -
Poderia ser, porque há bastante tempo eu faço parte do partido. Mas a minha candidatura foi decidida dois anos antes da eleição.

Folha - Mas não foi só depois que o Lula foi eleito, quando então o Delúbio Soares passou a dar atenção a Buriti Alegre?
João Alfredo -
É. Eu não vou negar que essa decisão amadureceu depois da eleição do Lula. Mas eu tenho um primo que é deputado federal pelo Ceará, o João Alfredo.

Folha - Até que ponto João Alfredo influenciou na sua indicação?
João Alfredo -
Influenciou. A gente conversou. E o pessoal aqui estava ansioso por mudanças.

Folha - O Pedro Fallone, que hoje é o presidente de honra, vinha lutando pelo PT de Buriti Alegre há anos.
Mello Neto -
Isso. Faz anos.

Folha - A iniciativa da candidatura foi sua?
João Alfredo -
Eu tinha intenção de me candidatar. O deputado disse: "Vamos lá, o mínimo que pode acontecer é não ser eleito".

Folha - Qual foi o de Delúbio?
João Alfredo -
Primeiro, que ele é da cidade.

Folha - Mas nesses longos últimos anos, desde que ele pertence à direção nacional do partido, ele não botou um centavo no partido aqui.
João Alfredo -
Não. Uma vez, acho que em 1982, a irmã dele foi candidata a vereadora aqui.

Folha - Segundo o Fallone, até o Lula ser eleito, o partido tinha 15 militantes aqui. O Delúbio nunca deu apoio.
João Alfredo -
Está certo. Mas a força do Delúbio, por ser uma pessoa de Buriti, ser o tesoureiro do partido, ter o cargo que ele tinha da direção nacional, já abre espaço, não só pra mim, mas pra qualquer outra pessoa.

Folha - Por que só houve essa intervenção do Delúbio agora?
João Alfredo -
O fato é que a minha amizade com o Delúbio vem de muitos anos, desde menino. Nós fomos colegas no ginásio. Eu freqüento a casa dele.

Folha - O Fallone afirma que houve muito dinheiro na campanha.
João Alfredo -
Tem que provar. Eu estou sabendo disso agora, por seu intermédio.


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