"Até já temos uma agenda comum", diz candidato tucano; bancada encabeçou movimento pró-Kassab

DA REPORTAGEM LOCAL

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin, conseguiu quebrar a resistência dos vereadores tucanos à sua candidatura e espera definir o apoio de parte da bancada nos próximos dias.
"Nós até já temos uma agenda comum", afirmou Alckmin ontem. Questionado sobre a presença de vereadores em inaugurações com Kassab. Alckmin respondeu apenas: "É indiferente".
Na visão do ex-governador, eles podem continuar participando dos atos, já que o PSDB está na gestão de Kassab, desde que entrem na campanha do partido e do ex-governador.
Coordenador da campanha de Alckmin, o deputado federal Edson Aparecido completou: "Está indo mais rápido que a gente imaginava. Há um sentimento partidário da bancada".
Os vereadores encabeçaram a tese de apoio do PSDB ao prefeito Gilberto Kassab (DEM). Mas a convenção do partido, em 22 de junho, escolheu Alckmin como candidato. Na véspera do pleito, os kassabistas desistiram de levar a tese do apoio ao prefeito para o voto.
Desde então, os vereadores mantêm um discurso dúbio. Ao mesmo tempo que se dizem partidários, argumentam que não podem abandonar "um governo que é do PSDB" e não "podem trair São Paulo".
Com a imagem mais ligada ao governo Kassab, Gilberto Natalini, líder da bancada, e José Apolice Neto, líder do governo na Câmara, são os que apresentam maior resistência a declarar apoio conjunto a Alckmin.
Os alckmistas acreditam que os dois serão os que menos se envolverão na campanha. Mas o vereador José Rolim já gravou até mesmo participação no programa eleitoral de Alckmin.
Ligado ao vice-governador Alberto Goldman, o vereador Juscelino Gadelha tem repetido que "o momento agora é de união". No domingo, ele reunirá cerca de 500 militantes no Tatuapé (zona leste). Alckmin foi convidado e vai gravar o encontro para usar na televisão.
(FERNANDO BARROS DE MELLO e JOSE ALBERTO BOMBIG)


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