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São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2003

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Para diretora de agência, perfil de Paulo de Tarso foi "fundamental"

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem experiência em marketing político, a diretora-presidente da agência de propaganda Matisse, Dalva Maria Fazzio de Andrade, 34, diz que foi iniciativa sua buscar uma parceria com o publicitário Paulo de Tarso Santos, o que possibilitou ganhar a licitação para cuidar da propaganda institucional do governo Lula.
"Iniciamos com o pé direito", diz Andrade. Ela afirma que ainda não há contrato formal com Santos, que deverá entrar como sócio da agência. (FV)

Folha - Foi uma surpresa para o mercado a escolha da Matisse. Como foi a aproximação com Paulo de Tarso Santos? A Matisse tem experiência em marketing político?
Dalva Andrade
- A Matisse não tem nenhuma experiência em marketing político. Essa aproximação fui eu que fiz para o trabalho de planejamento estratégico para outros clientes.

Folha - A sra. já o conhecia?
Andrade
- Não. Busquei um parceiro no mercado. Meu objetivo era começar a participar de concorrências públicas...

Folha - Como foi feita essa parceria? Foi formalizado um contrato?
Andrade
- Ainda não formalizamos nada, mas vamos formalizar. Inicialmente, fizemos uma parceria para entrar juntos em algumas licitações. Mas a gente não está falando como se já tivesse o contrato [com o governo federal].

Folha - Existe alguma vinculação, pessoal ou partidária, entre os sócios da Matisse e Paulo de Tarso?
Andrade
- Nenhuma. A única relação é comercial e mercadológica. Buscávamos iniciar uma experiência no marketing político, marketing governamental e iniciamos com o pé direito. Paulo de Tarso foi fundamental. Utilizamos a estrutura da Matisse com a "expertise" dele. Fizemos pesquisa qualitativa nacional e entramos com a proposta.

Folha - Quais os trabalhos com Paulo de Tarso na área privada?
Andrade
- Estamos desenvolvendo assessoria de marketing e o planejamento estratégico de marca para a PST Eletrônica.

Folha - Essa empresa é de Sérgio Cerqueira Leite [sócio-controlador da Matisse], não é?
Andrade
- É. Tarso já estava trabalhando nisso há algum tempo. Tem uma empresa, Tarso Institucional, que presta serviços à iniciativa privada.

Folha - A Matisse teve contato com as outras agências ganhadoras, para traçar uma estratégia?
Andrade
- Não, ainda não. Tivemos um bate-papo rápido, mas nada estratégico. Não houve uma reunião.

Folha - A sra. tem idéia de como vai ser a "repartição desse bolo"?
Andrade
- Não temos a menor idéia. É um formato novo.

Folha - 70% do capital da agência é de Sérgio Cerqueira Leite...
Andrade
- Não é mais assim. Estamos alterando todo o contrato.

Folha - Paulo de Tarso vai entrar como sócio na agência?
Andrade
- Vai.



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