|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Lew, Lara baseia proposta técnica
em slogan para a reforma agrária
DA REPORTAGEM LOCAL
Luiz Lara, 41, sócio-diretor da
Lew, Lara, atribui a escolha de sua
agência à "bela proposta técnica"
apresentada sobre o tema da reforma agrária. "Fizemos uma
proposta absolutamente técnica,
considerando que a gente não tinha experiência, e não temos, em
atendimento de contas públicas
nem de marketing político. O resultado foi muito positivo."
(FV)
Folha - Qual foi a sua avaliação da
escolha da Lew, Lara?
Luiz Lara - Nós ainda estamos
em compasso de espera. Estamos
muito satisfeitos com a pontuação técnica que a Lew, Lara obteve. Temos que aguardar os cinco
dias para ver se vai haver alguma
contestação. Enquanto isso não
acontece, a gente espera o de-
senrolar, para se sentir formalizada como agência da Secom.
Folha - A agência tem experiência
em atender a contas do governo?
Lara - Não. Esse é um trabalho
pioneiro. Nossa estratégia empresarial foi consolidar a agência entre clientes da iniciativa privada.
Hoje, a Lew, Lara é uma agência
brasileira, com dez anos de atuação. Somos uma das dez maiores
do país. Temos na nossa carteira
bons clientes, como a própria Folha, a Natura, o Banco Real, a Pernambucanas, a Minuano...
Folha - Qual foi a estratégia da
Lew, Lara nessa disputa?
Lara - Nossa estratégia foi fazer
uma bela proposta técnica, cumprindo o que o edital pedia. O
exercício foi sobre a reforma agrária. E o nosso conceito foi: "Respeito para quem tem terra. Terra e
apoio para quem não tem".
Folha - É verdade que a agência
buscou consultoria de Cláudio Baeta, um publicitário baiano que teria maior trânsito no PT?
Lara - Não. Fizemos tudo com a
nossa equipe. Nós temos equipe
completa de criação, pesquisa,
mídia. Fizemos trabalho muito
forte em pesquisa sobre reforma
agrária, ouvindo pessoas do campo e da cidade, para saber que tipo
de conscientização havia sobre a
reforma agrária. Cláudio Baeta é
um amigo nosso, do passado. Eu
o conheço desde 1992. Não tem
absolutamente nada com isso,
não trabalha conosco, não se envolveu. Ao que me consta, não
tem nada com o PT.
Folha - Como o sr. viu a presença
da Matisse entre as classificadas?
Lara - Eu não conheço as pessoas, nem da Duda nem da Matisse. Não tenho relação pessoal com
nenhuma das duas. Acho que valeu a proposta técnica. Duda tem
um conhecimento muito grande
da estratégia desse governo, até
porque teve papel preponderante
na campanha. E, ao que me consta, também pelo que eu leio na
imprensa, a Matisse é ligada ao
Paulo de Tarso, que teve um papel
importante nas campanhas anteriores do presidente. Nós entramos com a equipe daqui. Fizemos
uma proposta absolutamente técnica, considerando que a gente
não tinha experiência, e não temos, em atendimento de contas
públicas nem de marketing político. O resultado foi muito positivo.
Texto Anterior: Para diretora de agência, perfil de Paulo de Tarso foi "fundamental" Próximo Texto: Entrevista da 2ª - Cláudio de Senna Frederico: "O transporte público emprega mais do que a indústria de carros" Índice
|