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Tática de Nizan no Rio
será ligar Bittar ao PT
DA SUCURSAL DO RIO
O publicitário Nizan Guanaes
vai começar a campanha do petista Jorge Bittar à Prefeitura do Rio
com um apelo ao eleitorado petista. "Se você é PT, lembre que PT é
Bittar" é a frase que estará nos primeiros outdoors da campanha.
Para Nizan, que foi o marqueteiro do tucano José Serra na eleição presidencial de 2002, o "jogo"
pelo voto do eleitor "ainda nem
começou" e Bittar terá espaço para crescer, porque tem um bom
tempo de TV, de quase sete minutos, e "um programa de governo".
Bittar tem hoje só 3% das intenções de voto, segundo a última
pesquisa do Ibope, realizada entre
os dias 24 e 26 do mês passado.
O publicitário se referiu à final
da Copa América entre Argentina
e Brasil -a seleção nacional empatou o jogo nos acréscimos e, depois, foi campeã nos pênaltis-,
para afirmar que não se pode comemorar vitória antes do final.
"A gente não pode bancar o argentino e decretar o resultado antes do tempo. Estamos falando de
um jogo que ainda nem começou.
Não se pode desconsiderar que
temos sete minutos [por programa eleitoral na TV]. Não estamos
arrogantes com isso porque tempo de televisão só não basta, mas
não se pode negar que esse tempo
vai ser muito importante para que
Bittar se torne mais conhecido."
O petista negou que o PT nacional tenha desistido de sua candidatura e tentado negociar um
acordo com o líder nas pesquisas
e atual prefeito, Cesar Maia (PFL),
com 41% das intenções de voto.
Segundo Bittar, foi o PT nacional que sugeriu o nome de Nizan a
ele, o que seria, na sua avaliação,
uma prova de que o partido está
apostando em sua candidatura.
No início de 2002, antes de virar
o marqueteiro de Serra, Nizan trabalhava para a então governadora
Roseana Sarney (PFL-MA), que
ensaiava sua candidatura presidencial, e comparou o PT ao Taleban (milícia extremista islâmica
que governou o Afeganistão de
1996 a 2001). "O PT é Taleban total. Nós temos de bombardear Cabul [a capital afegã]. O PT é contra
a alegria. Só falta turbante, barba
já tem." Depois, em maio do mesmo ano, disse à Folha que estava
brincando ao fazer a declaração.
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