São Paulo, quinta-feira, 04 de agosto de 2005

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Ciro diz que secretário é acusado por sua causa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dia após a exoneração de Márcio Lacerda do cargo de secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, o titular da pasta, ministro Ciro Gomes, divulgou ontem uma nota em que defende o empresário.
Diz ainda que Lacerda está sendo mencionado no caso do suposto "mensalão" por sua causa e, demonstrada a improcedência das acusações, o empresário pode voltar à secretaria "desagravado".
Amigo do ministro, Lacerda pediu exoneração do cargo depois que seu nome apareceu como beneficiário de R$ 457 mil do caixa dois do PT. Disse que o dinheiro atribuído a ele pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foi usado para quitar dívida da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição de 2002.
Segundo Lacerda, o recurso foi destinado à agência New Trade para pagar serviços à campanha petista. Ele diz ter pedido ajuda ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para quitar o débito. A New Trade trabalhou na campanha de Ciro no primeiro turno das eleições de 2002 e depois integrou-se à do PT a convite do publicitário Duda Mendonça.
Ciro nega que sua campanha recebeu R$ 1 milhão do então presidente do PTB, José Carlos Martinez, morto em outubro de 2003.
Martinez aparece na lista de Valério vinculado a R$ 1 milhão recebido por seu motorista, Jair dos Santos. Irmão de Martinez e atual presidente do PTB, Flávio Martinez disse que o recurso teria sido destinado à campanha de Ciro em 2002. O ministro nega e diz ser "pura mentira".


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