DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do PT na cidade de São Paulo, deputado estadual Ítalo Cardoso, afirmou ontem que viu com "estranheza" a reprovação das contas de campanha da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e do comitê financeiro petista. Segundo ele, o partido vai recorrer ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para tentar reverter a decisão de primeira instância.
"Os documentos apresentados pelo comitê financeiro do PT justificam todos os questionamentos feitos pelos analistas técnicos da Primeira Zona Eleitoral de São Paulo. Toda a movimentação de campanha está justificada, todas as receitas e despesas fundamentadas", diz nota divulgada ontem.
Os petistas também questionaram a Justiça Eleitoral tratar como erro o fato de as movimentações de campanha serem feitas por um comitê único, responsável pelas campanhas de vereadores e da ex-prefeita. "Trata-se de opinião com a qual não concordamos, até porque existem precedentes na jurisprudência que autorizam este entendimento", afirma a nota.
Segundo Cardoso, apesar de as explicações de receitas e despesas terem sido feitas, nem todos os documentos originais foram anexados ao processo. "Estamos juntando os originais para o nosso recurso [ao TRE]", afirmou o presidente do PT municipal.
Na defesa que foi entregue para a avaliação da 1ª Zona Eleitoral, os advogados do PT tentam comprovar que os técnicos do tribunal cometeram "equívocos" na avaliação da documentação.
Alguns documentos classificados pelos técnicos como estando em desacordo com a legislação são, segundo os petistas, legítimos. No caso dos gastos com publicidade, os técnicos apontavam a ausência de notas fiscais para cerca de R$ 2,8 milhões em gastos. Os petistas sustentam que, com papéis anexados ao processo, restaram apenas R$ 49 mil em despesas de propaganda sem comprovação. (CC)


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