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Prefeitura petista de Nova Iguaçu tem verba sob suspeita
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Durante depoimento à CPI
dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antonio Vedoin
-apontado como líder da máfia
das ambulâncias- jogou ontem suspeitas sobre a liberação
de R$ 18 milhões em recursos
extra-orçamentários do Ministério da Saúde para a Prefeitura
de Nova Iguaçu (RJ), comandada por Lindberg Farias (PT).
"É razoável supor que havia
grande investimento do PT para transformar a Prefeitura de
Nova Iguaçu em vitrine nacional", afirmou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), sub-relator da CPI.
Segundo Gabeira, Luiz Antonio lembrou que o atual secretário de Governo da Prefeitura
de Nova Iguaçu, Duncan Semple, trabalhou em Brasília como assessor na Casa Civil. De
acordo com o empresário, Semple atuava na liberação de recursos para prefeituras.
"Ele (Luiz Antonio) disse que
tudo passava por um funcionário-chave do PT que atuava na
Casa Civil, com nome de Rochinha", explicou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Trata-se de Francisco Rocha, ex-assessor do Ministério da Saúde e
hoje chefe de gabinete do presidente do PT, Ricardo Berzoini,
na coordenação da campanha
eleitoral petista.
Com relação à Nova Iguaçu,
Luiz Antonio afirmou que a
Planam não venceu licitações
para compras com recursos extra-orçamentários.
A CPI dos Sanguessugas não
pretende investigar, por ora, a
atuação de prefeituras. "Nosso
objetivo é apurar o envolvimento de parlamentares", disse o presidente da CPI, Antonio
Carlos Biscaia (PT-RJ).
Durante o depoimento, Luiz
Antonio citou nomes de empresas que também operam
com recursos de emendas parlamentares para venda de ambulâncias para prefeituras nos
mesmos moldes que a Planam.
"Ele fez menção a grandes
montadoras e a uma empresa
chamada Rontam", disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPI. A
Rontam teria vencido uma licitação dirigida para compra de
ambulâncias para o Samu, serviço federal de ambulâncias. A
empresa não foi localizada.
Segundo o deputado, o empresário contou que a Planam
não atuava em todos estados
brasileiros, pois havia outras
empresas.
"Ele disse que, em Pernambuco, por exemplo, a Planam
não entrava, porque quem operava lá era uma empresa chamada KM, de Jaboatão dos
Guararapes", afirmou. "Luiz
Antonio deixou claro que a KM
tinha uma reserva de mercado". completou.
(AC e RB).
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