São Paulo, segunda-feira, 04 de agosto de 2008

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ELEIÇÕES 2008 / SÃO PAULO

Kassab convoca "exército" de funcionários para apoiá-lo

Prefeito reuniu empregados do governo para integrar "corrente" pela reeleição

"Se conseguirmos constituir 10 mil guerreiros, qualquer candidato dificilmente deixará de ter 2 milhões de votos", pregou Kassab


CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reuniu secretários, subprefeitos tucanos e assessores dos gabinetes num ato de campanha na noite de sexta-feira. No evento, batizado de "Amigos de Kassab", o prefeito pediu que os participantes, em sua maioria empregados do governo, integrassem uma "corrente" pela reeleição.
"Se conseguirmos constituir 10 mil guerreiros em São Paulo, qualquer candidato dificilmente deixará de ter 2 milhões de votos. [...] Os mensageiros são vocês", pregou Kassab.
"Precisamos nos organizar", discursou o prefeito, acrescentando: "Se cada um de vocês se dispuser a fazer esse trabalho, e se integrar aos comitês regionais, junto com os candidatos a vereador, no momento em que começar o programa de rádio e televisão, estaremos preparados para a grande largada".
Pelo menos 22 dos 31 subprefeitos -em sua maioria tucanos- participaram do ato, que ocorreu no clube Pinheiros (zona oeste). O secretário de Educação, o tucano Alexandre Schneider, afirmou: "Tenho certeza de que vamos vencer".
O secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras, o tucano Andrea Matarazzo, convocou os "amigos de Kassab": "Quem ganha a eleição não é pesquisa. São ações que todo mundo faz".
Além de assessores de gabinetes, o encontro reuniu representantes de associações comerciais e corretores de imóveis. De lá, Kassab foi a um aniversário em São Miguel Paulista. Na festa, o vereador -tucano, de novo- Adolfo Quintas disse, em discurso, que se orgulhava de participar do governo Serra/Kassab.
O apoio de tucanos a candidatos de outros partidos é proibido pelo estatuto do PSDB.
Ontem, Kassab recusou-se a comentar a multa de R$ 42 mil que recebeu do juiz Marco Antônio Martin Vargas, por uso da máquina pública na campanha: "Está a cargo dos advogados. Eu sempre disse que essa atitude foi tomada com muita transparência. Vamos aguardar o desenvolvimento."


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