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Até eleição de Tancredo pauta ataque a Simon
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A tropa de choque de José
Sarney (PMDB-AP) adotou a
tática de recuperar histórias
do passado para desqualificar os senadores que pedem
sua renúncia da presidência.
Os líderes das agressões
foram dois senadores alagoanos: o líder do PMDB, Renan
Calheiros, que foi obrigado a
renunciar à presidência, e
Fernando Collor (PTB-AL),
que aproveitou para atribuir
os escândalos que o levaram
à renúncia a perseguições
"urdidas nos subterrâneos".
Os alvos preferenciais dos
sarneyzistas foram Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Simon foi acusado de falar mal
de Sarney há 35 anos porque
queria ser vice de Tancredo
Neves na Presidência e perdeu a vaga para o maranhense -que vinha do PDS, partido que apoiava a ditadura.
Renan lembrou que Simon
foi ministro da Agricultura
de Sarney e se envolveu com
importação de "carne defeituosa". "Vossa Excelência
conhece a empresa Pôr do
Sol?", insinuou. "É mentira!", berrou Simon. Renan
deixou no ar: "O país precisa
conhecer Vossa Excelência".
Outra versão é que Simon
insiste em dizer que foi convidado para ser vice de Collor
na eleição presidencial de
1989. "É mentira!", disse Collor, afirmando que nunca o
convidou para ser seu vice.
Outro ataque foi contra
Cristovam Buarque (PDT-DF), que tinha um cargo-chave no Ministério da Justiça na gestão Sarney.
Segundo o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), Cristovam viu o esforço de Sarney para acabar
com a censura e não pode ser
acusado agora de censurar o
jornal "O Estado de S. Paulo". Cristovam reagiu: "O
mesmo presidente que acabou com a censura está censurando um jornal".
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