São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009

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Até eleição de Tancredo pauta ataque a Simon

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A tropa de choque de José Sarney (PMDB-AP) adotou a tática de recuperar histórias do passado para desqualificar os senadores que pedem sua renúncia da presidência.
Os líderes das agressões foram dois senadores alagoanos: o líder do PMDB, Renan Calheiros, que foi obrigado a renunciar à presidência, e Fernando Collor (PTB-AL), que aproveitou para atribuir os escândalos que o levaram à renúncia a perseguições "urdidas nos subterrâneos".
Os alvos preferenciais dos sarneyzistas foram Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF). Simon foi acusado de falar mal de Sarney há 35 anos porque queria ser vice de Tancredo Neves na Presidência e perdeu a vaga para o maranhense -que vinha do PDS, partido que apoiava a ditadura.
Renan lembrou que Simon foi ministro da Agricultura de Sarney e se envolveu com importação de "carne defeituosa". "Vossa Excelência conhece a empresa Pôr do Sol?", insinuou. "É mentira!", berrou Simon. Renan deixou no ar: "O país precisa conhecer Vossa Excelência".
Outra versão é que Simon insiste em dizer que foi convidado para ser vice de Collor na eleição presidencial de 1989. "É mentira!", disse Collor, afirmando que nunca o convidou para ser seu vice.
Outro ataque foi contra Cristovam Buarque (PDT-DF), que tinha um cargo-chave no Ministério da Justiça na gestão Sarney.
Segundo o senador Wellington Salgado (PMDB-MG), Cristovam viu o esforço de Sarney para acabar com a censura e não pode ser acusado agora de censurar o jornal "O Estado de S. Paulo". Cristovam reagiu: "O mesmo presidente que acabou com a censura está censurando um jornal".


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