São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2005

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PERFIL

Deputado renovou pauta da esquerda na volta do exílio

DA REDAÇÃO

No fim dos anos 60, Fernando Gabeira deixou uma redação de jornal diário para ingressar na luta armada contra a ditadura. A militância durante o regime militar lhe rendeu a prisão e o exílio por dez anos em países como Chile, Suécia e Itália.
Em 1969, o deputado federal integrou o grupo que realizou a talvez mais ousada ação da guerrilha contra os militares: o seqüestro do embaixador dos Estados Unidos Charles Elbrick. O americano foi trocado por presos políticos, em ação que beneficiou, entre outros, o ex-ministro José Dirceu.
Após retornar do exílio, no fim de 1979, Gabeira escandalizou a esquerda mais tradicional ao usar uma tanga na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. A imagem logo se converteu no símbolo de uma nova agenda política e comportamental que Gabeira preconizava. Seus livros "O Que é Isso, Companheiro?" (1979) e "O Crepúsculo do Macho" (1980) se tornaram logo referências da chamada "nova esquerda", que procurava rever a atuação que tivera na luta armada.
Nessa época, Gabeira já despontava como líder do movimento ecológico que daria origem ao Partido Verde, ao qual é filiado, depois de uma passagem pelo PT.

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