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PERFIL
Deputado renovou pauta da esquerda na volta do exílio
DA REDAÇÃO
No fim dos anos 60, Fernando Gabeira deixou uma
redação de jornal diário para
ingressar na luta armada
contra a ditadura. A militância durante o regime militar
lhe rendeu a prisão e o exílio
por dez anos em países como Chile, Suécia e Itália.
Em 1969, o deputado federal integrou o grupo que realizou a talvez mais ousada
ação da guerrilha contra os
militares: o seqüestro do
embaixador dos Estados
Unidos Charles Elbrick. O
americano foi trocado por
presos políticos, em ação
que beneficiou, entre outros,
o ex-ministro José Dirceu.
Após retornar do exílio, no
fim de 1979, Gabeira escandalizou a esquerda mais tradicional ao usar uma tanga
na praia de Ipanema, no Rio
de Janeiro. A imagem logo se
converteu no símbolo de
uma nova agenda política e
comportamental que Gabeira preconizava. Seus livros
"O Que é Isso, Companheiro?" (1979) e "O Crepúsculo
do Macho" (1980) se tornaram logo referências da chamada "nova esquerda", que
procurava rever a atuação
que tivera na luta armada.
Nessa época, Gabeira já
despontava como líder do
movimento ecológico que
daria origem ao Partido Verde, ao qual é filiado, depois
de uma passagem pelo PT.
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