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Alckmin mira em SP e diz que 2º turno desespera PT
Tucano definiu meta de abrir 15 pontos de vantagem sobre Lula no Estado de São Paulo
Crescimento em SP, dizem
tucanos, forçará o segundo
turno, o que, segundo o
candidato, diminui chances
de reeleição do petista
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
LEANDRO BEGUOCI
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA
Em dificuldades no Nordeste
e no Rio de Janeiro, o candidato
do PSDB ao Planalto, Geraldo
Alckmin, definiu como meta na
reta final da campanha abrir 15
pontos de vantagem nas pesquisas sobre o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) no Estado de São Paulo, governado
pelo tucano de 2001 até março.
A vantagem, segundo cálculos do comando da campanha
de Alckmin, seria vital para forçar o segundo turno, já que o
adversário petista lidera a corrida com ampla vantagem.
Ontem, em Sorocaba, o tucano afirmou que a possibilidade
de haver segundo turno está
deixando o PT desesperado.
Na última pesquisa do Datafolha, Alckmin oscilou dois
pontos para cima e tem 27%.
Lula oscilou um ponto e está
com 50%. Nesse cenário, não
haverá segundo turno.
"O desespero do PT é ter segundo turno, porque se tiver
segundo turno a chance de reeleição do Lula é pequena", afirmou o ex-governador.
Segundo Alckmin, "Lula foge
do contraditório, quer fazer
monólogo, falar e não ouvir".
"No segundo turno, não tem
como fugir do contraditório
porque só tem dois candidatos", disse o candidato.
Cálculos
Mais tarde, em Campinas, o
tucano anunciou a meta para
evitar que a disputa acabe em 1º
de outubro. "Nós estamos ganhando em todas as pesquisas
[no Estado]. Aqui em São Paulo
vamos colocar mais de dez pontos de frente. O ideal seria colocar 15 pontos de frente aqui em
São Paulo", afirmou Alckmin.
Em seguida, completou: "As
últimas pesquisas mostram
que o quadro começou a virar.
O meu adversário bateu no teto
e começa a perder a gordura artificial, do recall. Agora é que a
eleição está começando".
Ainda conforme os cálculos
do PSDB, os 15 pontos de São
Paulo, somados a um crescimento detectado pelo partido
em Minas Gerais e Rio Grande
do Sul, equivaleria a um crescimento entre 6% e 7% no cenário nacional, o que levaria a disputa para uma nova fase.
Para isso, Alckmin espera
contar com a ajuda do ex-prefeito José Serra e do governador Aécio Neves, tucanos com
chances de vencer no primeiro
turno em São Paulo e Minas
Gerais. A campanha tucana
também intensificará ações de
rua no Estado.
No Rio de Janeiro, o tucano
tenta fechar o apoio do peemedebista Sérgio Cabral, líder nas
pesquisas. Na semana passada,
emissários de sua campanha e
até o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso entraram
nas negociações.
Questionado sobre os problemas enfrentados pelo governo paulista na área da segurança, Alckmin defendeu a ação da
polícia após os recentes ataques de uma facção criminosa.
"Tivemos 600 presos e apenas
cem mortos. Esse foi o resultado." Ele justificou as mortes
afirmando que elas ocorreram
"em confronto com a polícia".
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