DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência está disposto a manter Wilson Trezza como chefe interino da Abin até o fim das investigações do grampo, que deve durar dois meses.
O GSI, que escalou Trezza, sabia que ele havia trabalhado, entre 2002 e 2003, com o banqueiro Daniel Dantas, hoje apontado por integrantes do governo como um dos suspeitos de ter encomendado escuta ilegal no telefone do presidente do STF. A Folha revelou ontem que Trezza foi diretor da Fundação BrTPrev, da Brasil Telecom, que então estava sob o comando de Dantas.
Por meio de nota, o GSI declarou que o novo chefe da agência "é possuidor de todos os requisitos profissionais e morais que o habilitam (...) a responder pelo expediente da Abin".
Assessor especial de Lacerda na Abin, o ex-diretor de Inteligência da PF Renato Porciúncula foi o último da agência a cair. Afastado por decisão de Lula, Lacerda queria manter Porciúncula. Mas o ministro Nelson Jobim (Defesa) não aceitou que o homem de confiança de Lacerda ficasse e pressionou Lula para que ele também fosse afastado, segundo a Folha apurou.


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