DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A senadora licenciada Patrícia Saboya (PDT-CE) foi detida por cerca de 40 minutos ontem à noite no aeroporto de Roma logo depois de desembarcar.
Por telefone, ela contou que foi cercada por dez policiais na saída do aeroporto Fiumicino. "Senti uma humilhação, uma impotência", disse Patrícia, que é ex-mulher do deputado Ciro Gomes (PSB-CE).
A congressista estava acompanhada pela assessora e advogada Ana Lúcia Nogueira. Ela suspeita que ambas tenham sido abordadas porque a amiga espirrou algumas vezes durante o voo. "Um espirro que ela deu porque tem rinite", disse. "Eles [os policiais] pegaram meu passaporte sem dizer o motivo."
O Itamaraty informou que o embaixador do Brasil em Roma, José Viegas, foi acionado, e que só se manifestará oficialmente após ter mais detalhes do caso. O ministério também cobrou da Embaixada da Itália em Brasília explicações sobre o ocorrido.
Segundo a senadora, que está licenciada desde julho para fazer um tratamento de saúde nas cordas vocais, ela já havia passado pela imigração quando foi abordada. "O chefe deles falava encostando em mim. Eu disse a ele [em português]: "Me respeite, o senhor quer criar um incidente [diplomático]. O senhor está falando com uma senadora da República". Ele me disse: "senador aqui não manda nada'".
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB) considerou o fato "uma prova de desrespeito ao Legislativo e à condição da mulher brasileira" e exigiu explicações.


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