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Avesso a Paes, Garotinho libera voto de aliados
Grupo político do ex-governador, presidente estadual do PMDB, está dividido entre Crivella e Jandira
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
Presidente estadual do
PMDB, o ex-governador Anthony Garotinho não fez campanha para o candidato de seu
partido à Prefeitura do Rio,
Eduardo Paes, e liberou os políticos sobre quem exerce influência a aderir às candidaturas que considerarem mais
conveniente.
O grupo político que Garotinho lidera na capital fluminense está dividido entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e
Jandira Feghali (PC do B).
Os evangélicos estão com
Crivella. À frente, Clarissa Matheus, a filha politizada de Garotinho. Candidata a vereadora
no Rio pelo PMDB, Clarissa
não traz em sua propaganda de
rua quaisquer referências a
Eduardo Paes, líder nas pesquisas de intenção de votos.
Na última quinta-feira, Crivella e Clarissa fizeram campanha juntos em Campo Grande,
na zona oeste. Eles disseram
ter sido um encontro casual,
mas se abraçaram e trocaram
elogios públicos.
Militante comunista durante
o regime militar (1964-1985), o
deputado federal Fernando Lopes (PMDB) está engajado na
candidatura do PC do B. Anteontem, circulou pela zona
oeste em carreata ao lado de
Jandira Feghali.
A aversão de Garotinho à
candidatura de Eduardo Paes é
explicitada em seu blog
(www.blogdogarotinho.com.br). No dia 29 de setembro, Garotinho escreveu
que Paes é o candidato do governador Sérgio Cabral Filho,
que "já mostrou o seu total descompromisso com a população
pobre e com todas as promessas que fez para se eleger".
A indefinição sobre quem
enfrentará no segundo turno
levou Crivella a tentar polarizar a disputa e "jogar para escanteio" a possibilidade de Fernando Gabeira (PV) ultrapassá-lo. Em corpo-a-corpo em
Bonsucesso, na zona norte, o
senador afirmou que "é o candidato do povão". "Temos, nitidamente, duas candidaturas
com chance. Temos um candidato que representa mais o
pessoal dos ricos, da zona sul. E
tem o Crivella que é o candidato do povão, das comunidades
carentes, mais ligado ao povo
humilde da minha terra".
Crivella tem apostado nas
áreas carentes para chegar ao
segundo turno. Segundo o Datafolha, o senador está tecnicamente empatado com Gabeira:
eles têm, respectivamente, 19%
e 17%. Paes lidera com 29%.
Aliança
O PT já sinaliza ao PRB uma
aliança, caso Crivella garanta
uma vaga na disputa. O ministro Edson Santos (Igualdade
Racial) disse que o senador "foi
parceiro do presidente Lula
não só nos bons momentos".
Colaborou ITALO NOGUEIRA, da Sucursal do Rio
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