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Projetos para implantar ensino de nove anos são vagos
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os paulistanos dão nota
"azul" para o número de escolas no município, segundo a
pesquisa DNA Paulistano -as
médias de notas em todos os
bairros foram superiores a 5.
O futuro prefeito, entretanto,
terá de melhorar a qualidade da
educação e reorganizar a rede
municipal. Isso porque 2010 é o
prazo para a prefeitura implantar um ciclo de ensino fundamental com nove séries -uma
a mais que hoje- como determinam as leis federais e estaduais em vigor desde 2006.
Nas propostas que enviaram
à Folha, Marta Suplicy (PT) e
Geraldo Alckmin (PSDB) apresentaram soluções genéricas
para implantar o ciclo estendido. Gilberto Kassab (DEM) não
fez menção ao tema.
A coordenadora do curso de
pedagogia da Faculdade de
Educação da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Ângela Soligo, ressalta a
importância de readaptar o espaço físico das escolas para
crianças de seis anos -hoje o
ingresso no ciclo fundamental
começa aos sete anos. "Nessa
idade, as crianças precisam de
espaços para uma grande carga
horária de atividades lúdicas."
Para Soligo, a implantação
do ciclo poderá colaborar para
a melhora de índices educacionais, como o percentual de
egressos de escolas públicas de
ensino fundamental matriculados em universidades públicas.
Marta não apresentou um
plano concreto para o tema,
mas disse que o novo ciclo pode
até levar à eliminação do sistema de progressão continuada
-em que só há repetência por
nota na 4ª e na 8ª séries.
A proposta de Alckmin também é superficial. "Implantaremos o ensino de nove anos
em parceria com o Estado e vamos promover a recuperação
pedagógica intensiva, com aulas de reforço, e implantar a
gestão de resultados."
Kassab não se referiu ao tema, mas apresentou metas sobre os espaços da rede. "Hoje a
média [de alunos por sala] é de
35 alunos. A meta é chegar à
média de 30 nos anos iniciais
do ciclo fundamental", disse.
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