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avaliação
Posição política influencia nota de candidatos para a cidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Assim como outros 28.389
moradores da capital paulista,
os três principais candidatos
responderam, a pedido da Folha, ao questionário de 27 perguntas que foi a base da pesquisa DNA Paulistano. As respostas de Marta Suplicy (PT), Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo
Alckmin (PSDB) deixam transparecer mais as visões dos políticos -da oposição ou da situação- do que a dos cidadãos.
Marta deu notas piores que a
média do paulistano. Candidato à reeleição, Kassab vê a cidade com mais otimismo que os
moradores. Já Alckmin divide
suas respostas ao meio, entre
notas mais altas e baixas que a
média de quem vive na cidade.
Os três têm responsabilidades sobre os serviços avaliados,
já que Kassab é prefeito, Marta,
ex-prefeita, e Alckmin foi governador -as perguntas sobre
hospitais, por exemplo, não fazem distinção entre os municipais e os estaduais.
Para a definição do índice de
satisfação de cada bairro, o Datafolha pediu aos entrevistados
que dessem nota de zero a dez
para 27 itens variados, como
qualidade do ar, conservação
de áreas verdes, trânsito e
quantidade de hospitais públicos. Foram exatamente essas
as questões respondidas pelos
candidatos à prefeitura.
Marta deu nota menor que a
média do morador da cidade
em 17 questões, maior em nove
e igual em uma. Alckmin deu
nota menor em 13 assuntos e
maior em 14. Kassab só deu nota menor que a média em um
caso, quanto ao transporte público (6 contra 6,6).
Alckmin, que passou boa parte da campanha dizendo que a
"cidade está escura", deu nota
um pouco maior para o quesito
"iluminação de ruas e avenidas" do que a média da população: 6 contra 5,8.
A resposta mais discrepante
de Kassab foi dada à segurança.
Ele deu nota nove para a cidade, enquanto a média ficou em
4,3, diferença de 4,7 pontos.
Marta também ficou distante
da população na pergunta sobre condições de moradia. Enquanto a média da cidade ficou
em 7,2, a ex-prefeita deu nota 2,
uma diferença de 5,2.
Os candidatos responderam
de modos diferentes. Desconfiada, Marta participou por telefone, durante 28 minutos, e
chegou a dizer que o questionário parecia uma pegadinha. Ao
avaliar o município, ela quis dar
duas notas. "Pelas oportunidade, dou 10, e pela cidade real,
dou 6. Agora, não quero que você ponha 6 porque não acho
que é 6 a nota para minha cidade. É 10 pelas oportunidades
oferecidas em todos os setores,
e 6 pela realidade representada
pela desigualdade."
Kassab respondeu pessoalmente na prefeitura, em 15 minutos. Ele deu duas respostas
às questões "qual o principal
problema da cidade" e "qual a
principal qualidade". No primeiro caso, disse trânsito, mas
disse que a maior parte da população responderia saúde.
Alckmin respondeu em seu
escritório político, também em
cerca de 15 minutos, parando
algumas vezes para atender aos
assessores de campanha.
Leia a íntegra dos
questionários aplicados
nos candidatos
http://campanhanoar.folha.blog.uol.com.br
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