São Paulo, sábado, 04 de outubro de 2008

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avaliação

Posição política influencia nota de candidatos para a cidade

DA REPORTAGEM LOCAL

Assim como outros 28.389 moradores da capital paulista, os três principais candidatos responderam, a pedido da Folha, ao questionário de 27 perguntas que foi a base da pesquisa DNA Paulistano. As respostas de Marta Suplicy (PT), Gilberto Kassab (DEM) e Geraldo Alckmin (PSDB) deixam transparecer mais as visões dos políticos -da oposição ou da situação- do que a dos cidadãos.
Marta deu notas piores que a média do paulistano. Candidato à reeleição, Kassab vê a cidade com mais otimismo que os moradores. Já Alckmin divide suas respostas ao meio, entre notas mais altas e baixas que a média de quem vive na cidade.
Os três têm responsabilidades sobre os serviços avaliados, já que Kassab é prefeito, Marta, ex-prefeita, e Alckmin foi governador -as perguntas sobre hospitais, por exemplo, não fazem distinção entre os municipais e os estaduais.
Para a definição do índice de satisfação de cada bairro, o Datafolha pediu aos entrevistados que dessem nota de zero a dez para 27 itens variados, como qualidade do ar, conservação de áreas verdes, trânsito e quantidade de hospitais públicos. Foram exatamente essas as questões respondidas pelos candidatos à prefeitura.
Marta deu nota menor que a média do morador da cidade em 17 questões, maior em nove e igual em uma. Alckmin deu nota menor em 13 assuntos e maior em 14. Kassab só deu nota menor que a média em um caso, quanto ao transporte público (6 contra 6,6).
Alckmin, que passou boa parte da campanha dizendo que a "cidade está escura", deu nota um pouco maior para o quesito "iluminação de ruas e avenidas" do que a média da população: 6 contra 5,8. A resposta mais discrepante de Kassab foi dada à segurança.
Ele deu nota nove para a cidade, enquanto a média ficou em 4,3, diferença de 4,7 pontos.
Marta também ficou distante da população na pergunta sobre condições de moradia. Enquanto a média da cidade ficou em 7,2, a ex-prefeita deu nota 2, uma diferença de 5,2.
Os candidatos responderam de modos diferentes. Desconfiada, Marta participou por telefone, durante 28 minutos, e chegou a dizer que o questionário parecia uma pegadinha. Ao avaliar o município, ela quis dar duas notas. "Pelas oportunidade, dou 10, e pela cidade real, dou 6. Agora, não quero que você ponha 6 porque não acho que é 6 a nota para minha cidade. É 10 pelas oportunidades oferecidas em todos os setores, e 6 pela realidade representada pela desigualdade."
Kassab respondeu pessoalmente na prefeitura, em 15 minutos. Ele deu duas respostas às questões "qual o principal problema da cidade" e "qual a principal qualidade". No primeiro caso, disse trânsito, mas disse que a maior parte da população responderia saúde.
Alckmin respondeu em seu escritório político, também em cerca de 15 minutos, parando algumas vezes para atender aos assessores de campanha.


Leia a íntegra dos questionários aplicados nos candidatos
http://campanhanoar.folha.blog.uol.com.br



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