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Usineiros de Alagoas usaram recursos próprios na campanha
DA AGÊNCIA FOLHA
Os dois usineiros que disputaram o governo de Alagoas, o
eleito Teotonio Vilela Filho
(PSDB) e o derrotado João
Lyra (PTB), usaram recursos
próprios ou de suas empresas
para financiar boa parte de suas
campanhas deste ano.
Lyra, um dos maiores usineiros do Estado e pai de Thereza
Collor, gastou R$ 5,546 milhões de recursos próprios em
sua campanha, segundo prestação de contas feita à Justiça
Eleitoral. Além desse valor, a
empresa Laginha Agroindustrial, que pertence a ele, doou
mais R$ 410,2 mil.
No total, Lyra arrecadou
R$ 8,05 milhões, sendo que
74% foram doados por ele nominalmente ou por sua empresa. O patrimônio de Lyra, declarado à Justiça Eleitoral em julho, é de R$ 235,7 milhões.
A usina Caeté S.A., que pertence ao usineiro Nivaldo Jatobá, doou mais R$ 1,5 milhão à
campanha de Lyra.
Família
Cerca de 21% da receita da
campanha de Vilela Filho foi
doado por empresas da família
dele, segundo prestação de
contas feita ao TRE (Tribunal
Regional Eleitoral) de Alagoas.
Dos R$ 7,793 milhões arrecadados pelo tucano, R$ 1 milhão
foi doado pela Usinas Reunidas
Serestas e R$ 640 mil pela Sococo, empresas que pertencem
à família dele. O patrimônio total declarado de Vilela Filho é
de R$ 14,4 milhões.
A Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool de Alagoas, da qual a Usinas Serestas
faz parte, doou R$ 1,72 milhão,
o equivalente a 22% da receita
de campanha do tucano.
Lyra, principal adversário de
Vilela Filho na disputa, não é
cooperativado.
Representante direto
A eleição deste ano em Alagoas foi marcada pela presença
de dois usineiros disputando o
governo do Estado. Em pleito
anteriores, os donos de usinas
escolhiam alguém de fora do
setor para representá-los e financiavam sua campanha.
A produção de açúcar e álcool
é a principal atividade econômica de Alagoas.
(SÍLVIA FREIRE)
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