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Kassab diz ser natural PMDB se aliar com DEM em 2010
Aliança inclui PSDB; ontem, prefeito se reuniu com Lula
SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou
ontem que é "natural" a defesa
que faz de unir seu partido,
PSDB e PMDB à sucessão presidencial em 2010 e que trabalhará para que isso ocorra.
Depois de ser recebido pelo
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em audiência no Palácio
do Planalto, a primeira desde
que assumiu a prefeitura em
2006, Kassab afirmou que os
três partidos fazem boas gestões unidos na capital e no Estado, e que essa aliança deve ser
reproduzida nacionalmente.
"É natural que eu defenda que
essa aliança, mesmo sabendo
que o PMDB tem uma proximidade grande com o governo Lula", afirmou o prefeito.
Kassab justificou que DEM,
PSDB e PMDB estão se dando
bem administrativamente, o
que reforça a existência da
composição daqui a dois anos.
"Se uma aliança vai bem não só
eleitoralmente, mas administrativamente na cidade e no Estado de São Paulo, por que não
defendermos que exista no plano nacional?", questionou.
Kassab descartou a possibilidade de deixar a prefeitura para
concorrer ao governo de São
Paulo. Disse que não tem a menor intenção de não concluir o
mandato, como fez Serra em
2006, que deixou a prefeitura
para concorrer a governador.
Novamente citando Serra,
mas reforçando que a atitude
do tucano de renunciar foi para
atender a um desejo dos eleitores, Kassab disse que o governador passou por muitos cargos, o que justificava largar o
mandato na metade.
"Esta foi a primeira eleição
majoritária que eu disputei e
não teria nenhum sentido não
cumprir o mandato. Há quatro
anos São Paulo pedia a Serra
que deixasse a cidade para concorrer a presidente ou governador. Nós sentíamos nas ruas isso. Agora, é totalmente diferente. As pessoas pedem para eu ficar quatro anos, e eu ficarei."
Kassab disse que pediu a Lula
uma audiência em Brasília
quando telefonou ao presidente, no dia 26 de outubro, para
parabenizá-lo pelo aniversário.
No telefonema, acabou também sendo cumprimentado pela vitória na capital paulista.
A principal pauta do encontro foi o pedido para que o governo libere recursos do Tesouro para a ampliação do metrô.
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