São Paulo, terça-feira, 04 de novembro de 2008

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Kassab diz ser natural PMDB se aliar com DEM em 2010

Aliança inclui PSDB; ontem, prefeito se reuniu com Lula

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), afirmou ontem que é "natural" a defesa que faz de unir seu partido, PSDB e PMDB à sucessão presidencial em 2010 e que trabalhará para que isso ocorra.
Depois de ser recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em audiência no Palácio do Planalto, a primeira desde que assumiu a prefeitura em 2006, Kassab afirmou que os três partidos fazem boas gestões unidos na capital e no Estado, e que essa aliança deve ser reproduzida nacionalmente. "É natural que eu defenda que essa aliança, mesmo sabendo que o PMDB tem uma proximidade grande com o governo Lula", afirmou o prefeito.
Kassab justificou que DEM, PSDB e PMDB estão se dando bem administrativamente, o que reforça a existência da composição daqui a dois anos. "Se uma aliança vai bem não só eleitoralmente, mas administrativamente na cidade e no Estado de São Paulo, por que não defendermos que exista no plano nacional?", questionou.
Kassab descartou a possibilidade de deixar a prefeitura para concorrer ao governo de São Paulo. Disse que não tem a menor intenção de não concluir o mandato, como fez Serra em 2006, que deixou a prefeitura para concorrer a governador.
Novamente citando Serra, mas reforçando que a atitude do tucano de renunciar foi para atender a um desejo dos eleitores, Kassab disse que o governador passou por muitos cargos, o que justificava largar o mandato na metade.
"Esta foi a primeira eleição majoritária que eu disputei e não teria nenhum sentido não cumprir o mandato. Há quatro anos São Paulo pedia a Serra que deixasse a cidade para concorrer a presidente ou governador. Nós sentíamos nas ruas isso. Agora, é totalmente diferente. As pessoas pedem para eu ficar quatro anos, e eu ficarei."
Kassab disse que pediu a Lula uma audiência em Brasília quando telefonou ao presidente, no dia 26 de outubro, para parabenizá-lo pelo aniversário. No telefonema, acabou também sendo cumprimentado pela vitória na capital paulista.
A principal pauta do encontro foi o pedido para que o governo libere recursos do Tesouro para a ampliação do metrô.


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