|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aliança PMDB-PT pode dar problemas locais, afirma Jobim
Ministro vê resistência em SP, PE e no Sul, onde dissidentes estudam lançar Requião à Presidência
DA SUCURSAL DO RIO
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro da Defesa, Nelson
Jobim (PMDB), afirmou ontem que a aliança PT-PMDB
"pode dar problema" nos Estados. Na sua avaliação, diretórios regionais, como os de São
Paulo e Pernambuco, podem
resistir à imposição do acordo
nacional.
"É muito claro que o envolvimento dos diretórios regionais
a uma candidatura nacional está muito ligado à capacidade de
agregação de votos à campanha
nacional do que à candidatura
local. Aí tem alguns problemas
quando os candidatos locais
são PMDB de um lado, PT do
outro. Isso pode dar problema."
Além de Pernambuco e São
Paulo, os Estados do Sul impõem resistência à aliança em
apoio à candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil)
e organizam, para o dia 21, um
ato para lançamento de candidatura própria -provavelmente a do governador Roberto Requião- à Presidência.
A convocação dos presidentes dos diretórios estaduais do
PMDB foi definida há duas semanas, numa reunião que contou com a presença de Requião.
"Se estimulado, Requião vai.
A gente teria alegria de lançá-lo. A candidatura própria mexe
com os brios do PMDB", afirmou o presidente do partido
em Santa Catarina, Eduardo
Moreira, um dos participantes
da reunião com Requião.
Segundo Moreira, o governador de Santa Catarina, Luiz
Henrique Silveira, defende o
nome de Requião ou o de Jobim para a Presidência.
Não é à toa que Curitiba foi
escolhida para abrigar o encontro dos dissidentes. "Se dependesse de mim, teríamos candidatura própria", afirmou o presidente do PMDB do Paraná e
líder do governo Requião na
Assembleia, Waldyr Pugliesi.
No Sul, PT e PMDB deverão
ocupar campos opostos. E, para
Jobim, o fim da exigência da reprodução das alianças nacionais nos Estados pode prejudicar o acordo com o PT.
"O Congresso votou a emenda de desvinculação. Alguém
pode dizer que a emenda autorizou a dissidência", afirmou.
Jobim disse que "todo o processo começou mais cedo", mas
não criticou a antecipação das
negociações de acordo.
Em São Paulo, o PMDB é
aliado ao governador José Serra, potencial candidato tucano
à Presidência e com quem Jobim mantém boas relações. Em
Pernambuco, deverá lançar o
senador Jarbas Vasconcelos,
em oposição à aliança PSB-PT.
Texto Anterior: Ministro do STF deve acolher denúncia por mensalão de MG Próximo Texto: Minas Gerais: Aécio afirma que é vítima de calúnia de blogs Índice
|