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São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2003

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PAINEL

Árvore de Natal
Lula e o ministro Humberto Costa lançarão até o final do mês o piloto da Farmácia Popular, mais vistosa promessa petista para a saúde na campanha presidencial de 2002. Por enquanto, o projeto será colocado em prática em apenas duas cidades, uma delas o Rio de Janeiro.

Pílulas em disputa
A segunda cidade a receber a Farmácia Popular é objeto de disputa dentro do governo. Há quem defenda reforçar o canteiro de obras de Marta Suplicy em São Paulo. Outros setores, no entanto, trabalham pela escolha de uma capital do Nordeste.

Taxímetro 1
Não bastassem as dificuldades com o Orçamento de 2004, o governo calcula o custo da demora na aprovação das reformas. Na previdenciária, a União deixará de obter R$ 330 milhões da contribuição de inativos, que só poderá ser cobrada no fim de março, 90 dias após a sanção da lei.

Taxímetro 2
Na eventualidade de ficar sem a CPMF no início do ano que vem, devido ao atraso na tramitação da reforma tributária, o governo deixará de arrecadar, a cada dia útil, R$ 89 milhões relativos a essa contribuição.

Gladiador
Lideranças do PSDB e do PFL avisaram ao governo que só votarão a favor da MP da Cofins se Antonio Palocci for pessoalmente à Câmara explicar a necessidade da medida. Dependente de votos da oposição, o governo poderá lançar o ministro da Fazenda na arena.

Para depois
João Paulo descarta colocar a reforma política em votação ainda neste ano, como pretendia a comissão especial. Em reunião na semana passada, José Dirceu e presidentes de partidos aliados concluíram que o voto por lista e o financiamento público de campanha não serão aprovados.

Revide
Duas correntes da esquerda do PT -Democracia Socialista e Força Socialista- pedirão a abertura de processo no conselho de ética do partido contra o governador Flamarion Portela (RR). É derradeira tentativa de "embolar o jogo" e evitar a expulsão dos quatro radicais.

Só por terra
Por falta de pagamento à locadora, estão suspensas desde segunda todas as operações do Ibama a bordo de helicópteros. A dívida, próxima de R$ 7 milhões, resulta do contingenciamento de recursos do órgão.

Novo tempo
Foi removida da fachada da Secretaria da Segurança, no centro paulistano, a placa de inauguração com os nomes do governador Mário Covas, morto em 2001, e do ocupante anterior da pasta, Marco Petrelluzzi.

Reforma geral
A secretaria diz que a retirada não se deve ao azedamento da relação entre o secretário, Saulo de Abreu Filho, e seu antecessor. Faz parte de reforma na entrada do edifício. A placa será reinstalada "em local a ser definido".

Senso de oportunidade
A Associação dos Juízes Federais de São Paulo e do Mato Grosso do Sul reivindica na Justiça a incorporação de 14º e 15º salários na folha de pagamento dos magistrados. O processo chegou ao Supremo dias antes da denúncia de venda de sentenças por juízes paulistas.

Primo rico
A Ajufesp alega que está pedindo apenas a equivalência do salário da categoria com o vencimento dos deputados federais.

Antes tarde
Paulo Hartung (PSB-ES) pagará neste ano 16 salários aos servidores estaduais. Os treze de praxe e outros três atrasados de administrações anteriores.

TIROTEIO

Da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), sobre decreto do prefeito Élcio Berti (PFL) proibindo a permanência de homossexuais em Bocaiúva do Sul (PR):
-Hitler começou a perseguição a judeus e homossexuais em um bar de Berlim. No Brasil há gente mais sofisticada: começa na prefeitura.

CONTRAPONTO

Em boa companhia

Na segunda-feira, Roberto Requião recebeu Eduardo Suplicy para almoçar no Palácio Iguaçu. O senador relatou ao governador do Paraná as providências do movimento "Fica, Heloísa Helena", que pretende convencer o PT a perdoar a senadora alagoana, prestes a ser expulsa do partido por ter votado contra a reforma da Previdência.
Suplicy sugeriu ao peemedebista que ligasse ao presidente Lula para defender a causa.
-Pensando bem, Eduardo, poderíamos lutar por mais gente nesse movimento: o Néstor, o Hugo e o Castro.
-Quem?-indagou o petista.
O governador explicitou:
-Néstor Kirchner, Hugo Chávez e Fidel Castro.
Suplicy desaprovou, mas não perdeu o bom humor:
-Mas aí teríamos que mudar o nome de nossa campanha. Seria Movimento Revolucionário Heloísa Helena!


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