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Durval afirma ter sofrido "grande desgaste político"
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
"Para mim está sendo o fim
do mundo, uma situação de dor
muito profunda", disse o deputado estadual Durval Ângelo.
Ele assume a responsabilidade
pela eleição de Juvenil Alves e
confirma os telefonemas gravados. Afirma ter sofrido "grande
desgaste político". "Eu sou sincero. Havia uma intenção inicial de fazer boca-de-urna", admite. "Não sabíamos que ele estava sendo grampeado", diz.
O deputado conta que foi planejado um jantar, em Contagem, para arrecadar recursos,
com a presença do embaixador
do Brasil em Cuba, Tilden Santiago, e com frei Leonardo Boff,
"meu amigo, que não conhecia
Juvenil". "Não conseguimos
vender os ingressos", diz.
Durval alega que recebeu
com antecedência "informações anônimas" de que a polícia
estaria se preparando para
"forjar um flagrante de delito
eleitoral" no dia do pleito. Na
véspera, enviou cartas à Justiça
e à chefia da Polícia Civil. "A
gente confunde muito aqui boca-de-urna com fiscalização",
diz. "Mas houve um comunicado da Justiça Eleitoral de que
haveria prisão, e não fizemos."
Sobre o telefonema em que
trataram de recursos de campanha, afirma que Juvenil telefonou para se queixar, "dizendo
ter gasto mais de R$ 5 milhões
na campanha". "Eu refutei dizendo que não vi esses gastos."
Durval diz que não desconfiava das operações que levaram Juvenil à prisão. Sobre a
sua própria prestação de contas, diz estar "tranqüilíssimo".
Além da diplomação suspensa, Juvenil foi suspenso pelo
PT-MG. Ele obteve 110.651 votos. Desconhecido e candidato
em primeira eleição, foi o mais
votado entre os petistas.
(FV e PP)
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