São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Durval afirma ter sofrido "grande desgaste político"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

"Para mim está sendo o fim do mundo, uma situação de dor muito profunda", disse o deputado estadual Durval Ângelo. Ele assume a responsabilidade pela eleição de Juvenil Alves e confirma os telefonemas gravados. Afirma ter sofrido "grande desgaste político". "Eu sou sincero. Havia uma intenção inicial de fazer boca-de-urna", admite. "Não sabíamos que ele estava sendo grampeado", diz.
O deputado conta que foi planejado um jantar, em Contagem, para arrecadar recursos, com a presença do embaixador do Brasil em Cuba, Tilden Santiago, e com frei Leonardo Boff, "meu amigo, que não conhecia Juvenil". "Não conseguimos vender os ingressos", diz.
Durval alega que recebeu com antecedência "informações anônimas" de que a polícia estaria se preparando para "forjar um flagrante de delito eleitoral" no dia do pleito. Na véspera, enviou cartas à Justiça e à chefia da Polícia Civil. "A gente confunde muito aqui boca-de-urna com fiscalização", diz. "Mas houve um comunicado da Justiça Eleitoral de que haveria prisão, e não fizemos."
Sobre o telefonema em que trataram de recursos de campanha, afirma que Juvenil telefonou para se queixar, "dizendo ter gasto mais de R$ 5 milhões na campanha". "Eu refutei dizendo que não vi esses gastos."
Durval diz que não desconfiava das operações que levaram Juvenil à prisão. Sobre a sua própria prestação de contas, diz estar "tranqüilíssimo".
Além da diplomação suspensa, Juvenil foi suspenso pelo PT-MG. Ele obteve 110.651 votos. Desconhecido e candidato em primeira eleição, foi o mais votado entre os petistas. (FV e PP)


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