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Empresas negam envolvimento em ilegalidades
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Contratada por Juvenil Alves na última quinta para
cuidar do caso das contas da
campanha, a advogada Marina Pimenta, por intermédio
da assessoria do deputado
eleito, informou à Folha que
estava se inteirando do caso,
"avaliando os 18 volumes e
preparando a defesa" a ser
entregue no TRE no fim de
semana. Por isso, não poderia atender a reportagem.
No mesmo dia, após a Justiça suspender a diplomação
de Juvenil, ela disse que entrará com agravo de instrumento para tentar efeito suspensivo à decisão do TRE.
A Folha tentou falar com
o advogado Renato Moreira,
que trabalha com Juvenil e
coordenou a campanha. Recados foram deixados na caixa postal do seu celular e
transmitidos pela assessoria
de imprensa de Juvenil.
Informada sobre as investigações em que o nome da
Líder aparece, a construtora,
pela assessoria de imprensa,
disse que "desconhece os documentos citados pela equipe de reportagem".
A Andrade Gutierrez negou ter feito doação a Juvenil e afirmou que todas as
contribuições realizadas foram feitas "dentro das normas prescritas pelas autoridades eleitorais".
A Pif Paf divulgou que o
valor que aparece nos manuscritos (R$ 547.360,69)
não se refere a doação eleitoral, mas a pagamentos por
serviços jurídicos prestados
cujos contratos "foram entregues à PF".
A SNC também afirmou
não ter feito doação, apenas
contratado assessoria jurídica na área tributária por parte do escritório de Juvenil
Alves, e disse estar à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades.
"Fizemos, efetivamente,
contribuições para o candidato", diz Francisco Macedo,
presidente da Alcicla. "O
TRE pediu uma declaração
sobre quanto doamos. Foram duas parcelas mensais
de R$ 25 mil. O que nos levou a fazer a doação foi o
programa do candidato, que
condiz com o que julgamos
favorável ao nosso setor."
Pela assessoria de imprensa, a Cyrela informou que
"realiza pontualmente doações para campanhas eleitorais" e que "segue rigorosamente a legislação eleitoral".
Um diretor da Emifor, que
pediu para não ser citado, informou que a empresa não
fez doações para nenhum
candidato. Diretor da Supermix, da área da construção,
que pediu para não ter seu
nome mencionado, também
disse que a empresa não fez
doação para nenhum candidato. Alegou, ainda, que há
empresas homônimas em
Minas Gerais. O mesmo disse um representante da Minasmix, em Contagem, negando doações a candidatos.
O dono da Gráfica Del Rey,
José Raimundo Martins, disse que mandou para a Justiça cópias das notas fiscais
dos serviços prestados a Juvenil. Segundo ele, os valores
das notas somam R$ 119 mil.
Disse desconhecer a suposta
diferença de R$ 477 mil e
que terceiros não pagaram
por serviços prestados ao deputado pela gráfica.
A Folha não conseguiu
ouvir as empresas Ricardo
Eletro e Só Cimento.
(PP e FV)
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