São Paulo, terça-feira, 04 de dezembro de 2007

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No Nordeste, caos evidencia crise no setor

DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A ascensão da saúde ao posto de maior problema do país, segundo pesquisa Datafolha, ocorre no ano em que o caos nos hospitais e os protestos dos médicos das emergências do Nordeste evidenciaram que crise no sistema público não é pontual.
Essa constatação acontece sob o impacto das ameaças de que tudo pode piorar, feitas pelo governo federal, interessado na aprovação da prorrogação da CPMF.
As manifestações de médicos e políticos levaram a público assuntos até então desconhecidos do usuário comum. As exposições mais evidentes surgiram durante os protestos contra os "baixos salários, a falta de condições de trabalho e a superlotação nos hospitais".
Médicos das principais emergências públicas do Nordeste entraram em greve ou pediram demissão em massa. Apoiados pelas entidades de classe, exibiram imagens de corredores cheios e pacientes sendo atendidos no chão.
Em Pernambuco, onde o movimento ganhou força e se espalhou pelo Nordeste -região que mais depende do SUS-, 134 médicos se demitiram. Emergências fecharam e doentes graves foram transferidos pelo governo para outros Estados.
Um acordo pôs fim ao movimento, mas o Sindicato Estadual dos Médicos reclama que três meses se passaram e a situação nas emergências continua "a mesma".
Em Alagoas, os profissionais não trabalharam por 88 dias. Houve caos nos hospitais públicos e, apesar do retorno dos médicos ao trabalho, a crise ainda persiste.
No Ceará, houve protestos contra a falta de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) no interior do Estado. Pelo menos 25 cirurgiões cardiovasculares de hospitais credenciados pararam de atender pelo SUS.


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