São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2008

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Coronel afirma não ter vínculo com Dantas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O coronel da reserva Sérgio de Souza Cirillo e seu então chefe na Secretaria de Segurança do STF, o também coronel da reserva Joaquim Alonso Gonçalves, disseram não saber o motivo da demissão. Na sentença em que condenou Dantas a prisão por tentativa de suborno, o juiz informa que Cirillo e Hugo Chicaroni, condenado sob a acusação de ter intermediado pagamento de propina em nome do banqueiro, trocaram nove ligações entre 4 de junho e 7 de julho.
No dia seguinte, a Satiagraha foi deflagrada pela PF, e Chicaroni foi preso. Até então, ele fazia parte do Instituto Sagres, do qual Cirillo é membro e foi secretário-executivo. O coronel assumiu o cargo de assessor de Gonçalves, então secretário de Segurança do STF, no dia 1º de agosto. Ambos nomeados pelo presidente do Supremo, Gilmar Mendes.
Foi na gestão de Gonçalves que a Secretaria de Segurança fez o relatório sobre a existência de indícios de grampos no STF. O relatório data de 14 de julho, portanto antes da nomeação de Cirillo.
Dois meses após a sua nomeação, Cirillo e Gonçalves foram exonerados por Mendes. "Não nos deram explicações", disse Cirillo, lembrando que foi indicado para o cargo por Gonçalves, de quem afirma ser amigo.
Cirillo negou ter vínculo com Dantas e disse que Chicaroni lhe telefonou para tratar da confecção de seus cartões de visita como diretor do Sagres. (LEONARDO SOUZA E HUDSON CORRÊA)


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