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Economista está cotada para BNDES
da Sucursal de Brasília
A economista Maria Silvia Bastos
Marques está cotada, no governo,
para assumir a presidência do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O cargo está sendo ocupado
interinamente pelo vice-presidente do banco, Pio Borges, que pediu
demissão por causa da escuta telefônica na instituição.
Diretora-superintendente da
CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Maria Silvia já ocupou a
diretoria da área internacional do
BNDES. Foi secretária das Finanças da Prefeitura do Rio na administração do pefelista Cesar Maia.
Além da presidência do BNDES,
o nome da economista também é
lembrado para o futuro Ministério
da Produção. A nova pasta, que será criada no segundo mandato de
FHC, foi idealizada pelo ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos
Mendonça de Barros.
Ele deveria assumir o novo ministério, mas acabou sendo forçado a pedir demissão por causa do
episódio da escuta telefônica no
BNDES. Era o nome preferido dos
tucanos e do presidente FHC.
Procurada ontem pela Folha,
Maria Silvia Bastos Marques negou, por intermédio de sua assessoria, que tenha sido convidada
para ocupar qualquer cargo no governo. Ela informou que não pretende deixar a CSN.
FHC já começou a consultar os
partidos sobre os nomes que formarão sua equipe no segundo
mandato, negando a possibilidade
de superministérios como o da Infra-Estrutura, reivindicado pelo
PMDB.
Os tucanos defendem uma mudança drástica de nomes e acham
que o presidente deve assumir em
janeiro com novo ministério, enquanto os pefelistas preferem que
a escolha dos novos auxiliares fique para fevereiro, depois da votação completa do ajuste fiscal.
O PPB de Paulo Maluf, partido
que registrou a maior dissidência
na votação da MP sobre a contribuição previdenciária de ativos e
inativos, deve perder um dos ministérios que ocupa atualmente:
Agricultura e Indústria e Comércio -este último deve desaparecer, sendo incorporado à futura
pasta da Produção.
O partido quer manter Francisco
Turra na Agricultura, mas no governo sua saída é tida como certa.
O ex-ministro Francisco Dornelles
é o nome preferido pelo governo
para ocupar a cota dos pepebistas
no segundo mandato.
Clóvis Carvalho, ministro-chefe
da Casa Civil, continuará no Palácio do Planalto. Não necessariamente na mesma pasta. A volta de
Eduardo Jorge Caldas para a Secretaria Geral da Presidência é considerada praticamente descartada.
Outro que deixará o governo é o
ministro Edward Amadeo (Trabalho).
(VALDO CRUZ,
ELIANE CANTANHÊDE e
FERNANDO RODRIGUES)
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