São Paulo, sexta, 4 de dezembro de 1998

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Economista está cotada para BNDES

da Sucursal de Brasília

A economista Maria Silvia Bastos Marques está cotada, no governo, para assumir a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O cargo está sendo ocupado interinamente pelo vice-presidente do banco, Pio Borges, que pediu demissão por causa da escuta telefônica na instituição.
Diretora-superintendente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Maria Silvia já ocupou a diretoria da área internacional do BNDES. Foi secretária das Finanças da Prefeitura do Rio na administração do pefelista Cesar Maia.
Além da presidência do BNDES, o nome da economista também é lembrado para o futuro Ministério da Produção. A nova pasta, que será criada no segundo mandato de FHC, foi idealizada pelo ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros.
Ele deveria assumir o novo ministério, mas acabou sendo forçado a pedir demissão por causa do episódio da escuta telefônica no BNDES. Era o nome preferido dos tucanos e do presidente FHC.
Procurada ontem pela Folha, Maria Silvia Bastos Marques negou, por intermédio de sua assessoria, que tenha sido convidada para ocupar qualquer cargo no governo. Ela informou que não pretende deixar a CSN.
FHC já começou a consultar os partidos sobre os nomes que formarão sua equipe no segundo mandato, negando a possibilidade de superministérios como o da Infra-Estrutura, reivindicado pelo PMDB.
Os tucanos defendem uma mudança drástica de nomes e acham que o presidente deve assumir em janeiro com novo ministério, enquanto os pefelistas preferem que a escolha dos novos auxiliares fique para fevereiro, depois da votação completa do ajuste fiscal.
O PPB de Paulo Maluf, partido que registrou a maior dissidência na votação da MP sobre a contribuição previdenciária de ativos e inativos, deve perder um dos ministérios que ocupa atualmente: Agricultura e Indústria e Comércio -este último deve desaparecer, sendo incorporado à futura pasta da Produção.
O partido quer manter Francisco Turra na Agricultura, mas no governo sua saída é tida como certa. O ex-ministro Francisco Dornelles é o nome preferido pelo governo para ocupar a cota dos pepebistas no segundo mandato.
Clóvis Carvalho, ministro-chefe da Casa Civil, continuará no Palácio do Planalto. Não necessariamente na mesma pasta. A volta de Eduardo Jorge Caldas para a Secretaria Geral da Presidência é considerada praticamente descartada.
Outro que deixará o governo é o ministro Edward Amadeo (Trabalho). (VALDO CRUZ, ELIANE CANTANHÊDE e FERNANDO RODRIGUES)



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