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CRIME ORGANIZADO
Resultado sairá até dia 15
Pascoal receberá 1ª sentença da Justiça
da Sucursal de Brasília
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Três meses após
ser cassado e preso
sob a acusação de
comandar um esquadrão da morte e
o narcotráfico no
Acre, o ex-deputado Hildebrando
Pascoal receberá a primeira sentença da Justiça até o próximo dia
15 pela acusação de movimentar
conta bancária aberta em nome
de um ex-empregado.
A previsão é do juiz federal do
Acre Pedro Francisco da Silva. Segundo ele, o ex-deputado também deverá ser julgado neste semestre como suposto mandante
das mortes dos policiais Sebastião
Crispim e Walter Ayala. O processo sobre narcotráfico contra o ex-deputado envolve outras 53 pessoas e não tem previsão para ser
concluído.
A denúncia sobre a conta bancária aponta que Hildebrando
usou Sebastião Mendes Ribeiro,
que era analfabeto e trabalhava
em uma das fazendas do ex-deputado, como "laranja" para abrir
em 1992 e movimentar até 1995
uma conta bancária na agência do
Banco Itaú em Rio Branco (AC).
A CPI do Narcotráfico apurou
que essa conta recebeu em 1994
depósitos de R$ 65.270,00.
A CPI suspeita que esse dinheiro seja resultante do narcotráfico.
Oscar Luchesi, advogado de
Hildebrando, disse que, se a sentença for desfavorável a seu cliente, não surtirá efeito porque os
crimes tributário e financeiro a ele
atribuídos deixam de ser puníveis
em quatro anos. A última movimentação da conta ocorreu em janeiro de 1995.
Os vaqueiros Ademir Ribeiro,
45, e Ivair de Araújo, 33, afirmaram à Polícia Civil do Acre que
encontraram restos de mãos e pés
serrados perto de uma das fazendas de Hildebrando. O fazendeiro
Oswaldo Ribeiro, para quem os
vaqueiros trabalhavam, negou ter
ficado com os restos humanos,
conforme eles disseram à polícia.
Os pés e mãos seriam do mecânico Agilson Firmino, o Baiano,
cujo corpo foi achado com braços
e pernas decepados. Ele teria sido
morto pela família Pascoal.
Beira-Mar
Em nova conversa telefônica, o
homem que se identifica como
sendo o traficante Fernandinho
Beira-Mar disse ontem a deputados estaduais mineiros que quer
prestar depoimento, também por
telefone, à CPI do Narcotráfico da
Câmara dos Deputados.
O presidente da CPI, deputado
Magno Malta (PTB-ES), afirmou
que, apesar de ter considerado desapontador o depoimento de anteontem, considera importante
ouvir Beira-Mar.
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