São Paulo, sexta-feira, 05 de janeiro de 2001 |
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PAINEL De mãos vazias O tucano Pimenta da Veiga (Comunicações) articulou a reunião de anteontem de FHC com caciques partidários, a pedido de Jorge Bornhausen (PFL). A idéia era solucionar a crise na base governista. Resultado: Aécio Neves (PSDB) e Inocêncio Oliveira (PFL) sentiram-se apunhalados. Com razão. Maldição baiana Bornhausen falou em "zerar o jogo", eufemismo para a retirada de todas as candidaturas, desde Jader Barbalho, vetado por ACM, a Aécio e Inocêncio, que não tem culpa se anda mal por erros do PFL. Nada foi resolvido. Pois é. Reunião de que ACM não participa não vale. Soma zero Michel Temer entrou de gaiato na reunião com FHC. Era o único que não sabia das articulações de Pimenta com o PFL. Mas deixou o impasse na mesa: disse que a candidatura de Jader era "irremovível" e que a sigla não recuaria do apoio a Aécio. Tapas e beijos Michel Temer telefonou a ACM em Porto Seguro. Acusado pelo baiano de fazer uma gestão "desastrosa" na Câmara, disse que estava satisfeito com a nota de desmentido do senador. Ficaram elas por elas. É só amor. Não me deixem só Com sua candidatura fazendo água na Câmara, Inocêncio Oliveira vai ao Rio segunda, onde conversa com Luiz Paulo Conde às 10h, almoça com Cesar Maia às 13h e, às 16h, encontra Garotinho. Equivale a ir a SP e tomar café com Maluf, almoçar com Covas e jantar com Marta. Meus sais! O Itamaraty está à beira de um ataque de nervos. Luiz Felipe Lampreia saiu de férias. E nem passou fax, e-mail ou telegrama para dizer se acompanha ou não FHC na viagem à Ásia, dia 15. Quando saiu, deu como certo que não voltava mais ao cargo. Seixas Correia, segundo nome da casa, já está a postos. Petrobra$ FHC faria imenso bem à República se mandasse auditar todos os serviços de consultoria contratados pela Petrobras nos últimos dois anos, dando aos resultados a devida transparência, o que inclui preços e tipos de trabalhos solicitados. A idéia é de um alto funcionário da estatal. Silêncio dos inocentes A cada dia torna-se mais ruidoso o silêncio do primeiro escalão da Petrobras diante das dúvidas que ficaram no ar após a desastrada operação Brax. Marca registrada Marta Suplicy (PT) aprovou ontem o slogan de sua gestão: "Prefeitura de São Paulo: Governo da Reconstrução". A marca, com uma tarja vermelha e um desenho simbolizando um mutirão, estará nas publicidades, placas e equipamentos oficiais. Piada extinta Marta já orientou seus secretários a tirar o quanto antes das obras da administração paulistana o slogan da última gestão, usado com muitíssima propriedade por Celso Pitta: "Seriedade, Trabalho e Amor pela Cidade". Parceria privada A Câmara de São Paulo pretende contratar a Fundação Getúlio Vargas. A fim de preparar um estudo para a racionalização da estrutura e dos cargos. Restos a pagar Herança de Celso Pitta: a administração regional do Jabaquara não tem dinheiro para consertar uma retroescavadeira, parada por causa de uma única peça quebrada. Custo: R$ 100. No mesmo time Ex-secretários de Pitta, Rodolfo Konder (Cultura) e Fausto Camunha (Esportes) vão continuar trabalhando juntos. Acabam de montar uma assessoria de comunicação e marketing. TIROTEIO De Waldeck Ornélas (Previdência Social), respondendo ao líder do PMDB na Câmara, Geddel Viera Lima (BA), segundo quem as denúncias de superfaturamento em contrato da Dataprev com a Previdência são "muito ruins para o governo": - O deputado Geddel sabe muito bem que na Previdência nunca aconteceu nada de ruim para o governo. Mas pode e deve fiscalizar minha área, desde que fiscalize também as suas. CONTRAPONTO Política em noite de São João
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