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SÃO PAULO
Após encontro com seu preferido para 2002, governador deve ir ao Incor
Covas recebe Tasso e inicia terapia
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo,
Mário Covas (PSDB), 70, recebe
hoje no Palácio dos Bandeirantes
a visita de seu candidato preferencial à sucessão presidencial, Tasso
Jereissati (PSDB-CE). Logo após
deve iniciar sessões de imunoterapia na tentativa de evitar nova
reincidência do câncer de bexiga.
O encontro acontece a pedido
de Tasso e é o primeiro entre os
dois desde que o governador paulista manifestou publicamente
sua preferência pelo cearense para a sucessão de 2002.
Após a reunião, o governador,
conforme sua assessoria, deve seguir para o Incor (Instituto do Coração), onde inicia o tratamento.
A opção pela imunoterapia como complemento à cirurgia para
a extração dos dois últimos tumores encontrados foi feita anteontem, depois de um encontro entre
Covas e seu médico particular, o
infectologista David Uip.
Na ocasião, foram apresentadas
ao governador três alternativas de
tratamento -imunoterapia, quimioterapia e radioterapia-, assim como seus respectivos efeitos
colaterais e benefícios.
Covas acatou a sugestão de seus
médicos brasileiros -segundo
Uip, a mesma feita pela equipe do
Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York, que
vem acompanhando o caso- e
decidiu se submeter à imunoterapia. ""Nesse momento não cogitamos quimioterapia", disse Uip.
Em 99, o governador foi submetido a três sessões de quimioterapia. Uma quarta foi suspensa devido aos efeitos colaterais.
Segundo a Folha apurou, membros da equipe médica avaliaram
que o governador hoje não apresenta condições físicas de se submeter à quimioterapia.
Especialistas afirmam que a
imunoterapia, ainda considerada
experimental, provoca menos
efeitos colaterais que a quimioterapia. Entre seus efeitos estão febre, tremores, calafrios, dores no
corpo e fraqueza. A intensidade
varia conforme a droga utilizada.
Aplicada por via venosa, a imunoterapia consiste no aumento da
imunização do paciente pela administração de anticorpos.
Existem dois tipos de imunoterapia: a passiva e a ativa. Na passiva, células de defesa do organismo (linfócitos) são retiradas por
meio da coleta de sangue e tornadas mais agressivas no combate às
proteínas do tumor. Em seguida
são recolocadas no organismo na
tentativa de eliminar a doença. Já
na ativa, a agressividade dos linfócitos é estimulada por meio da
aplicação direta de drogas.
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