São Paulo, sexta-feira, 05 de janeiro de 2001

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SÃO PAULO


Após encontro com seu preferido para 2002, governador deve ir ao Incor

Covas recebe Tasso e inicia terapia



DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), 70, recebe hoje no Palácio dos Bandeirantes a visita de seu candidato preferencial à sucessão presidencial, Tasso Jereissati (PSDB-CE). Logo após deve iniciar sessões de imunoterapia na tentativa de evitar nova reincidência do câncer de bexiga.
O encontro acontece a pedido de Tasso e é o primeiro entre os dois desde que o governador paulista manifestou publicamente sua preferência pelo cearense para a sucessão de 2002.
Após a reunião, o governador, conforme sua assessoria, deve seguir para o Incor (Instituto do Coração), onde inicia o tratamento.
A opção pela imunoterapia como complemento à cirurgia para a extração dos dois últimos tumores encontrados foi feita anteontem, depois de um encontro entre Covas e seu médico particular, o infectologista David Uip.
Na ocasião, foram apresentadas ao governador três alternativas de tratamento -imunoterapia, quimioterapia e radioterapia-, assim como seus respectivos efeitos colaterais e benefícios.
Covas acatou a sugestão de seus médicos brasileiros -segundo Uip, a mesma feita pela equipe do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, de Nova York, que vem acompanhando o caso- e decidiu se submeter à imunoterapia. ""Nesse momento não cogitamos quimioterapia", disse Uip.
Em 99, o governador foi submetido a três sessões de quimioterapia. Uma quarta foi suspensa devido aos efeitos colaterais.
Segundo a Folha apurou, membros da equipe médica avaliaram que o governador hoje não apresenta condições físicas de se submeter à quimioterapia.
Especialistas afirmam que a imunoterapia, ainda considerada experimental, provoca menos efeitos colaterais que a quimioterapia. Entre seus efeitos estão febre, tremores, calafrios, dores no corpo e fraqueza. A intensidade varia conforme a droga utilizada.
Aplicada por via venosa, a imunoterapia consiste no aumento da imunização do paciente pela administração de anticorpos.
Existem dois tipos de imunoterapia: a passiva e a ativa. Na passiva, células de defesa do organismo (linfócitos) são retiradas por meio da coleta de sangue e tornadas mais agressivas no combate às proteínas do tumor. Em seguida são recolocadas no organismo na tentativa de eliminar a doença. Já na ativa, a agressividade dos linfócitos é estimulada por meio da aplicação direta de drogas.


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