São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Desembolso em 2014 minimiza efeitos da crise

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora a crise internacional seja uma ameaça ao F-X2, a FAB conta com o fato de que nenhum desembolso vai ser feito até 2014, quando quer receber o primeiro dos 36 aviões.
A configuração pedida, de 28 caças de um lugar e oito com dois, pode mudar. Os bipostos são uma tendência mundial, pois permitem que o segundo piloto se concentre nos sistemas de armas, enquanto o primeiro pilota.
O custo estimado da compra, de US$ 2 bilhões, deve ser pago em cerca de seis anos. A FAB pretende substituir todos os seus aviões de combate (Mirage-2000, F-5 e AMX) pelo novo caça.
Isso dá mais de cem aeronaves, o que parece irrealista com o orçamento militar brasileiro -em 2007, quase 80% dos R$ 30 bilhões das três Forças foi comido por pensões e salários.
Em seu pedido, a FAB requisitou uma estimativa de custo com os sistemas de armas que cada avião pode operar. A rigor, os três modelos usam qualquer armamento ocidental, bastando configurá-los para tanto.
A única exigência foi a possibilidade de usar mísseis nacionais, como os ar-ar produzidos pela Mectron.
Talvez já prevendo o custo elevado, a FAB mandou um adendo ao pedido de proposta há duas semanas reduzindo algumas quantidades.
Em média, ela estima comprar 20 unidades de cada sistema: mísseis BVR (para atingir alvos além do alcance visual), mísseis ar-ar de curto alcance e bombas inteligentes. Essa compra é feita diretamente dos fornecedores de armas.
A decisão final começa a ser tomada em 2 de fevereiro, quando os concorrentes entregam suas propostas, que serão avaliadas e classificadas. Em caso de necessidade, a FAB tira dúvidas.
Após esse momento, vem a hora crucial, quando as empresas apresentam o Bafo, sigla inglesa para "melhor e última oferta". A partir daí, a FAB faz seu relatório e o apresenta para o Ministério da Defesa, que toma a decisão em consulta com o Planalto. (IG)


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