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Desembolso em 2014 minimiza efeitos da crise
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Embora a crise internacional seja uma ameaça ao
F-X2, a FAB conta com o fato
de que nenhum desembolso
vai ser feito até 2014, quando
quer receber o primeiro dos
36 aviões.
A configuração pedida, de
28 caças de um lugar e oito
com dois, pode mudar. Os bipostos são uma tendência
mundial, pois permitem que
o segundo piloto se concentre nos sistemas de armas,
enquanto o primeiro pilota.
O custo estimado da compra, de US$ 2 bilhões, deve
ser pago em cerca de seis
anos. A FAB pretende substituir todos os seus aviões de
combate (Mirage-2000, F-5
e AMX) pelo novo caça.
Isso dá mais de cem aeronaves, o que parece irrealista
com o orçamento militar
brasileiro -em 2007, quase
80% dos R$ 30 bilhões das
três Forças foi comido por
pensões e salários.
Em seu pedido, a FAB requisitou uma estimativa de
custo com os sistemas de armas que cada avião pode
operar. A rigor, os três modelos usam qualquer armamento ocidental, bastando
configurá-los para tanto.
A única exigência foi a possibilidade de usar mísseis nacionais, como os ar-ar produzidos pela Mectron.
Talvez já prevendo o custo
elevado, a FAB mandou um
adendo ao pedido de proposta há duas semanas reduzindo algumas quantidades.
Em média, ela estima comprar 20 unidades de cada sistema: mísseis BVR (para
atingir alvos além do alcance
visual), mísseis ar-ar de curto alcance e bombas inteligentes. Essa compra é feita
diretamente dos fornecedores de armas.
A decisão final começa a
ser tomada em 2 de fevereiro, quando os concorrentes
entregam suas propostas,
que serão avaliadas e classificadas. Em caso de necessidade, a FAB tira dúvidas.
Após esse momento, vem a
hora crucial, quando as empresas apresentam o Bafo, sigla inglesa para "melhor e última oferta". A partir daí, a
FAB faz seu relatório e o
apresenta para o Ministério
da Defesa, que toma a decisão em consulta com o Planalto.
(IG)
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