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Para franceses, projeto é vital para o futuro do seu programa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Hoje favorita politicamente
na disputa do F-X2, a francesa
Dassault afirma que o negócio é
de "suma importância" para o
futuro do programa do caça
multifunção Rafale-F3.
"Transferência de tecnologia
não ocorre do dia para a noite, é
uma parceria de longo prazo. E,
para nós, é importantíssimo esse negócio, já que enfrentamos
a vontade americana de destruir a indústria de aviação militar europeia", afirmou Jean-Marc Merialdo, diretor da Dassault no Brasil.
O Rafale enfrenta problemas
de escala industrial. Até aqui,
apenas a França opera o modelo, e ele perdeu todas as disputas internacionais para as quais
foi selecionado. "A falta de êxito decorre de razões políticas.
Depois do 11 de Setembro, como se sabe, a França foi crítica
à política americana. Isso teve
um custo", afirmou.
Além disso, há a presença
maciça do programa americano do F-35, com promessas de
vantagens aos compradores
-os EUA querem que o avião
seja padrão dos países da Otan
(aliança militar ocidental).
Sem escala, o produto e sua
manutenção ficam caras. O Rafale unitariamente custa perto
de 60 milhões, o que já é alto
-e o custo pode ser maior, a
depender da logística.
(IG)
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