São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Para franceses, projeto é vital para o futuro do seu programa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Hoje favorita politicamente na disputa do F-X2, a francesa Dassault afirma que o negócio é de "suma importância" para o futuro do programa do caça multifunção Rafale-F3.
"Transferência de tecnologia não ocorre do dia para a noite, é uma parceria de longo prazo. E, para nós, é importantíssimo esse negócio, já que enfrentamos a vontade americana de destruir a indústria de aviação militar europeia", afirmou Jean-Marc Merialdo, diretor da Dassault no Brasil.
O Rafale enfrenta problemas de escala industrial. Até aqui, apenas a França opera o modelo, e ele perdeu todas as disputas internacionais para as quais foi selecionado. "A falta de êxito decorre de razões políticas. Depois do 11 de Setembro, como se sabe, a França foi crítica à política americana. Isso teve um custo", afirmou.
Além disso, há a presença maciça do programa americano do F-35, com promessas de vantagens aos compradores -os EUA querem que o avião seja padrão dos países da Otan (aliança militar ocidental).
Sem escala, o produto e sua manutenção ficam caras. O Rafale unitariamente custa perto de 60 milhões, o que já é alto -e o custo pode ser maior, a depender da logística. (IG)


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