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CASO CELSO DANIEL
Jovem nega ter atirado em Daniel e deixa a Febem
DA REPORTAGEM LOCAL
Em depoimento de quatro horas à Polícia Civil, o jovem L. voltou a negar ontem a autoria dos
disparos contra o prefeito Celso
Daniel, assassinado em janeiro de
2002. À época, Lalo -que só
completou 21 anos ontem- assumiu o crime e foi apontado como culpado pela polícia.
Ontem, no entanto, ele reafirmou a versão de que só confessou
após ser ameaçado pelos outros
integrantes da quadrilha.
Segundo o depoimento prestado ontem à delegada Elisabeth Sato, responsável pela investigação,
L. vigiava uma garota seqüestrada
dias antes pelo grupo no período
entre o seqüestro e a morte de Daniel, de 18 a 20 de janeiro de 2002.
A versão foi confirmada pela vítima -liberada depois do pagamento do resgate. A Polícia Civil
acusou L. da autoria dos disparos
46 dias após a morte de Daniel.
Ontem, L. disse ter sido ameaçado por José Edison da Silva, outro integrante da quadrilha e um
dos sete presos pelo assassinato
de Daniel. José Edison teria alegado que, por ser menor de idade, L.
não enfrentaria problemas com a
Justiça.
Como completou ontem a idade máxima permitida para internação na Febem, L. foi liberado às
14h30. Ele deixa a instituição sem
antecedentes criminais.
O depoimento foi acompanhado pelo Ministério Público, pela
advogada de L. e por dois monitores da Febem.
"Ele apresentou já 13 versões diferentes para o mesmo crime. Ele
repetiu uma dessas", disse o promotor Roberto Wider.
Segundo Wider, a profusão de
versões não afeta a convicção de
que L. não foi o autor dos disparos. "A gente não apontou o adolescente como autor dos disparos.
Esse é um convencimento nosso
já de dois anos atrás. E não foi alterado."
(CATIA SEABRA)
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