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Escolhido integra Órgão Especial do TJ de São Paulo
DA REDAÇÃO
O substituto de Carlos Velloso
no STF (Supremo Tribunal Federal), Enrique Ricardo Lewandowski, é, desde 1997, desembargador do Tribunal de Justiça de
São Paulo.
Atualmente, ele é membro do
Órgão Especial, o principal órgão
decisório do tribunal.
O desembargador sempre teve
participação destacada em órgãos
classistas: entre 1989 e 1990, foi
conselheiro da OAB-SP (Ordem
dos Advogados do Brasil Seção
São Paulo). Na Apamagis (Associação Paulista de Magistrados),
foi diretor-jurídico e diretor-tesoureiro; na AMB (Associação
dos Magistrados Brasileiros), chegou a vice-presidente no triênio
1993-1995. Foi um dos fundadores do Jurisul (Instituto de Estudos Jurídicos sobre Mercosul e a
Integração Continental) e é membro, desde 2001, da Academia
Paulista de Magistrados.
Lewandowski atua também como docente: dá aulas na USP desde 1978 e, desde 2003, é professor
titular da Faculdade de Direito da
universidade, ocupando a cátedra
que era de Dalmo de Abreu Dallari. Seu campo de pesquisa é o
acesso à Justiça. Também coordena o curso de pós-graduação em
direito público da Escola Paulista
de Magistratura.
Lewandowski é autor de quatro
livros, o último deles "Globalização, Regionalização e Soberania"
(Juarez de Oliveira, 2004).
O desembargador foi crítico da
adoção da súmula vinculante
(que obriga os juízes das demais
instâncias a seguirem o entendimento adotado pelo STF). Para
Lewandowski, com a adoção da
súmula o STF estaria legislando e,
portanto, usurpando uma função
do Poder Legislativo.
A súmula vinculante foi institúida a partir da emenda constitucional da reforma do Judiciário e
tinha como um de seus principais
defensores o ministro Nelson Jobim, que, embora por pouco tempo, será colega de Lewandowski
no STF .
Na sexta-feira, quando foi procurado pela Folha, Lewandowski
negava ter recebido o convite para
o STF e dizia ter ficado sabendo
que seu nome era um dos cotados
para a vaga no Supremo pelos jornais. Ele diz ter estado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
em diversas ocasiões, mas que jamais discutiu com ele a possibilidade de ocupar uma vaga no STF.
Com 58 anos, o desembargador
poderá permanecer no Supremo
por 12 anos, quando terá que se
aposentar compulsoriamente.
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