São Paulo, segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007

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Gasto acompanha crescimento das ações, diz PF

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informaram, por meio de suas assessorias, que os aumentos médios mensais de suas aplicações diretas decorreram do aumento de serviços e obrigações ao longo do ano de 2006.
Segundo a PF, "o aumento dos gastos constatado na pesquisa no Siafi [sistema de acompanhamento de gastos federais] é decorrente, principalmente, do aumento do efetivo da instituição e da recomposição salarial dos servidores. Desde 2004, o efetivo do DPF teve um crescimento considerável graças à realização de concursos públicos, tanto para a carreira policial quanto para a área administrativa. No início de 2004, eram 9.276 servidores (7.402 policiais e 1.874 administrativos) e atualmente são 12.989 (9.689 policiais e 3.300 administrativos)".
O Ministério do Desenvolvimento Social mencionou o aumento do salário mínimo: "O aumento se deu nas despesas obrigatórias, especialmente em função do aumento do salário mínimo acima da inflação. (...) Em face da ampliação da meta física do programa [Bolsa Família] de 25% ao ano, passando de 8,7 milhões de famílias beneficiadas em 2005 para 11,1 milhões em 2006".
As assessorias da Presidência da República e da Casa Civil informaram números divergentes daqueles do site da CGU (Controladoria Geral da União) que reproduz o Siafi. Segundo as assessorias, houve "decréscimo das despesas em diversas unidades" da Presidência.

Gastos de campanha
A assessoria do PT informou que a campanha de Lula devolveu R$ 4 milhões à União por conta dos deslocamentos do presidente durante a campanha eleitoral. A assessoria da Casa Civil esclareceu que gastos de seguranças e pessoal de apoio ocorridos durante essas viagens do presidente não foram cobertos pela devolução do PT porque há lei que o autoriza.
O Ministério da Integração Nacional informou ter gasto em aplicações diretas R$ 5,5 bilhões em 2005 e R$ 5 bilhões em 2006 (redução de 10%), e não R$ 5,1 bilhão e R$ 780 milhões, respectivamente, como aparece nos dados oficiais e públicos da CGU.
Procurada, no final da tarde de sexta-feira, para explicar o aumento no gasto com cartões corporativos, de 1.561% entre 2005 e 2006, o maior entre os ministérios, a assessoria do Ministério do Planejamento não havia respondido até a tarde de ontem. (RV)


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