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Gasto acompanha crescimento das ações, diz PF
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal e o Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome informaram, por meio de suas assessorias, que os aumentos médios
mensais de suas aplicações diretas decorreram do aumento
de serviços e obrigações ao longo do ano de 2006.
Segundo a PF, "o aumento
dos gastos constatado na pesquisa no Siafi [sistema de
acompanhamento de gastos federais] é decorrente, principalmente, do aumento do efetivo
da instituição e da recomposição salarial dos servidores.
Desde 2004, o efetivo do DPF
teve um crescimento considerável graças à realização de
concursos públicos, tanto para
a carreira policial quanto para a
área administrativa. No início
de 2004, eram 9.276 servidores
(7.402 policiais e 1.874 administrativos) e atualmente são
12.989 (9.689 policiais e 3.300
administrativos)".
O Ministério do Desenvolvimento Social mencionou o aumento do salário mínimo: "O
aumento se deu nas despesas
obrigatórias, especialmente em
função do aumento do salário
mínimo acima da inflação. (...)
Em face da ampliação da meta
física do programa [Bolsa Família] de 25% ao ano, passando
de 8,7 milhões de famílias beneficiadas em 2005 para 11,1
milhões em 2006".
As assessorias da Presidência
da República e da Casa Civil informaram números divergentes daqueles do site da CGU
(Controladoria Geral da União)
que reproduz o Siafi. Segundo
as assessorias, houve "decréscimo das despesas em diversas
unidades" da Presidência.
Gastos de campanha
A assessoria do PT informou
que a campanha de Lula devolveu R$ 4 milhões à União por
conta dos deslocamentos do
presidente durante a campanha eleitoral. A assessoria da
Casa Civil esclareceu que gastos de seguranças e pessoal de
apoio ocorridos durante essas
viagens do presidente não foram cobertos pela devolução do
PT porque há lei que o autoriza.
O Ministério da Integração
Nacional informou ter gasto
em aplicações diretas R$ 5,5 bilhões em 2005 e R$ 5 bilhões
em 2006 (redução de 10%), e
não R$ 5,1 bilhão e R$ 780 milhões, respectivamente, como
aparece nos dados oficiais e públicos da CGU.
Procurada, no final da tarde
de sexta-feira, para explicar o
aumento no gasto com cartões
corporativos, de 1.561% entre
2005 e 2006, o maior entre os
ministérios, a assessoria do Ministério do Planejamento não
havia respondido até a tarde de
ontem.
(RV)
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