São Paulo, segunda-feira, 05 de março de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br SP e o etanol
O governo Lula não é o único a se agitar diante do interesse dos EUA pelo etanol, item estratégico da pauta que trará George Bush ao Brasil nesta quinta-feira.
Em São Paulo, único Estado no roteiro do presidente
americano, responsável por cerca de três quartos da
produção nacional de álcool combustível, o governo
Serra acaba de formar um grupo de trabalho para cuidar do assunto. Ele terá à frente o físico José Goldenberg e, entre seus integrantes, o ex-reitor da Unicamp
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
de São Paulo). Independente das iniciativas do governo federal, o programa paulista do etanol se inspira no que foi implantado pelo Estado da Califórnia. Buracos. Partidários de Michel Temer na disputa pela presidência do PMDB identificaram na chapa de Nelson Jobim três bases para um pedido de impugnação: inscrição de nomes documentadamente compromissados com a chapa adversária e de pessoas sem voto na convenção, além de nomes que aparecem mais de uma vez na lista. QG. Disseminada a percepção do favoritismo de Temer, Jobim passou o sábado em Brasília disparando telefonemas para convencionais. O bunker do ex-presidente do STF foi o gabinete de Renan Calheiros no Senado. Incógnita. Ao negar a versão de que poderia abandonar a disputa, Jobim diz que será candidato para discutir o programa partidário. "Vamos tirar posição sobre reforma política e tributária. Hoje ninguém sabe o que o PMDB pensa a respeito de nada." Duas canoas. O Paraná é um dos Estados rachados na eleição interna do PMDB. Enquanto Roberto Requião declara seu apoio a Jobim, o irmão do governador, Maurício, trabalha por Temer.
Fale agora. Em reunião
dos deputados petistas, José
Eduardo Cardozo (SP) pediu
aos colegas que dissessem
abertamente se tinham alguma restrição a seu nome para
presidir o Conselho de Ética.
Ninguém abriu a boca, e o
partido decidiu lançá-lo. Nos
bastidores, porém, o grupo
que comanda a bancada continua trabalhando contra ele. Rodízio 2. Premido pela demanda, o líder do PR, Luciano Castro (RR) apresentou projeto para que a divisão de cargos seja feita ano a ano, com base nas mudanças partidárias dos deputados. Veto. Um observador da base aliada acha que são nulas as chances de o PTB conseguir emplacar Nelson Marquezelli (SP) no Ministério da Agricultura. "O Lula não é louco. Se colocar o Marquezelli lá, o MST acampa na Esplanada e só sai daqui a quatro anos." Calendário. Do deputado federal José Aníbal (PSDB-SP), sobre a demora na reforma ministerial: "Dizia-se que o ano no Brasil começa após o Carnaval. Com Lula, mudou para depois da Páscoa. Ou quem sabe do São João".
Vai que é tua. O PFL caminhará sozinho em sua cruzada contra a CPMF. O PSDB
alega que, com seis governadores, só tem a perder se comprar essa briga com o Planalto. "Não faremos oposição guerrilheira", diz o líder no
Senado, Arthur Virgílio (AM). Do deputado federal MICHEL TEMER (SP) sobre seu adversário na disputa pela presidência do PMDB, Nelson Jobim, segundo quem "ninguém sabe" o que o partido pensa "a respeito de nada". Contraponto Eleitor-fantasma
Em campanha para se reeleger à Câmara Municipal de
Bauru, em 1992, o então vereador Edson Santos visitou
uma residência na periferia da cidade paulista e pediu voto a um por um dos familiares. Na hora de deixar o local,
parou na porta de um dos cômodos, que estava na penumbra, e acenou para o vulto que enxergou lá dentro: |
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