São Paulo, terça-feira, 05 de abril de 2005 |
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PAINEL Dezena seguinte Depois do enterro da medida provisória 232, vem aí a batalha contra a MP 242. A proposta, que altera a concessão de benefícios da Previdência, entre eles o auxílio-doença, na tentativa de evitar fraudes, conseguiu a proeza de unir o PFL e a CUT. Cobertor curto A MP muda o cálculo para a concessão do auxílio-doença, o que, nas simulações do PFL e da CUT, levará à redução média do benefício. "Isso pode representar a falência definitiva da rede pública de saúde, pois quem perder o auxílio vai recorrer ao SUS", afirma o deputado Pauderney Avelino (PFL-AM). Pólo oposto Engrossando o coro dos descontentes, o presidente da CUT, Luiz Marinho, mandou carta na semana passada para o novo ministro da Previdência, Romero Jucá, pedindo mudanças em vários pontos da MP. O restaurador O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu com os governadores e com o Planalto a restabelecer o texto original da emenda paralela à reforma da Previdência. A Câmara aceitou aumentar salários dos delegados, o que eleva os gastos dos Estados. Dianteira Enquanto Lula só embarca na quinta para Roma para o funeral do papa, o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), já despacha da capital da Itália desde ontem. Encontrou-se com o embaixador Itamar Franco e deu entrevista lamentando a morte de João Paulo 2º. Saia-justa Sem a presença da maior estrela, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, o PP faz convenção na quinta para tentar reconduzir Pedro Corrêa ao comando. O pernambucano terá de explicar um rombo de R$ 3 milhões na conta da sigla. Emparedado 1 "Ainda não temos um plano B para a Cesp", disse Geraldo Alckmin a secretários. Se não conseguir ajuda federal para a endividada energética e se fracassar a tentativa de vender a CTEEP, o governador tucano terá de queimar reservas para honrar os serviços da dívida. Emparedado 2 Caso seja obrigado a usar recursos do Tesouro na estatal, endividada em cerca de R$ 11 bi, o presidenciável Alckmin terá diminuída sua capacidade de investimentos no período que antecede a campanha eleitoral. Exatamente como quer o PT. Artilharia alemã Em reportagem no jornal "Frankfurter Allgemeine", o cônsul da Alemanha em São Paulo, Hubertus von Morr, acusa a gestão de Marta Suplicy de ter dado pouca importância ao investimento estrangeiro na cidade. No texto, a ex-prefeita é chamada de "fada frívola". Vitamina O manifesto em defesa do vereador Carlos Giannazi, expulso do PT por ter contrariado a orientação do diretório paulistano na eleição do presidente da Câmara, ganhou a assinatura de Amélia Buarque de Hollanda, mãe de Chico e viúva do historiador Sergio Buarque. Depois da tempestade O PSDB escolherá no próximo dia 11 o novo líder de sua bancada na Assembléia Legislativa de São Paulo. Até essa data, o deputado Roberto Engler responderá interinamente pela função. Minutinho de atenção Guru de Ciro Gomes nas campanhas presidenciais de 1998 e 2002, Roberto Mangabeira Unger será a estrela, no dia 14, do programa de televisão do nanico PHS. O partido cogita abrigar eventual candidatura do filósofo ao Planalto no ano que vem. TIROTEIO Do deputado tucano Luiz Carlos Hauly (PR) sobre a entrevista do ex-subchefe de Assuntos Parlamentares Waldomiro Diniz, segundo quem em seus tempos de Planalto a articulação política era melhor: -A base aliada está tão vulnerável que até o Waldomiro, calado havia mais de um ano, agora se sente à vontade para tripudiar sobre o governo. CONTRAPONTO Não na frente das crianças
Durante a sabatina a que foi
submetido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado,
Antonio Palocci ouviu elogios
de parlamentares da oposição à
política econômica. |
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